O governo da Coréia do Sul anunciou planos para um esquema de comércio de emissões, que deve ser introduzido já em fins de 2010
Entre os primeiros anúncios de um país desde a conferência da ONU que terminou há doze dias, o governo sul coreano também confirmou que registraria a sua meta voluntária de reduzir 20% das emissões abaixo do business as usual até o final de janeiro, como exigido pelo Acordo de Copenhague.
A Coréia do Sul é o primeiro país em desenvolvimento (i.e. não-Anexo I nos termos do Protocolo de Quioto) a buscar uma política de comércio de emissões, apesar de ser mais parecida economicamente a muitos países desenvolvidos do que as outras partes do Anexo I.
O ministério do Meio Ambiente disse que o esquema com um período de experiência de três anos incluiria 641 emissores do setor privado e público. A bolsa de valores do país seria responsável pela plataforma para as transações de permissão de emissões. A meta subsidiando o esquema seria cortar as emissões entre 1% e 2% em relação a média anual do período 2005 - 2007.
Um projeto de lei de baixo carbono e crescimento verde do governo, incluindo provisões para o esquema, foi aprovado esta semana pela assembléia nacional. Porém, contém apenas princípios amplos para o comércio de emissões, sendo que os detalhes ainda devem ser elaborados.
As emissões de gases do efeito estufa da Coréia do Sul aumentaram 2,9% para 620 milhões de toneladas em 2007, o último ano com informações disponíveis. Isto é mais rápido do que a media global de crescimento das emissões, que é de cerca de 2%.
(Carbon Positive / CarbonoBrasil*, 04/01/2010)
*Traduzido por Fernanda B. Muller, CarbonoBrasil