Os polímeros condutores eletrônicos representam uma classe interessante de materiais para uso em dispositivos eletroquímicos. Estes materiais apresentam importantes características tais como, mudança de seu estado eletrônico de não condutor a condutor eletrônico através de processos redox, e mudança de coloração através da aplicação de um potencial externo (eletrocromismo). A aplicação dos polímeros condutores como material ativo, nos eletrodos dos capacitores eletroquímicos, é uma das suas mais recentes aplicações. Em sua tese de doutorado, (Unicamp, São Paulo, 1997), Carla Maria N. Polo da Fonseca estudou-se três diferentes capacitores eletroquímicos de configuração sólida, tendo como material ativo a polianilina (PAni) e três diferentes tipos de eletrólitos sólidos poliméricos. Foram realizados estudos referentes à melhor condição de síntese da polianilina através de experimentos com uma microbalança de cristal de quartzo, onde observou-se a influência da temperatura e do método de síntese eletroquímica, durante o crescimento e a caracterização eletroquímica dos filmes formados. Os eletrólitos sólidos, poli(epiclorohidrina-co-óxio de etileno), poli(amida-6-b-óxido de etileno) e a blenda de poli(epiclorohidrina-co-óxido de etileno) com poli(óxido de etileno), foram estudados quanto à sua condutividade iônica, janela de estabilidade eletroquímica e propriedades térmicas, variando-se a concentração do sal (LiClO4) e a temperatura. O dispositivo que apresentou melhor desempenho foi o capacitor composto de PAni//blenda/LiClO4//PAni. Durante 5000 ciclos de carga e descarga, este apresentou valores de capacitância de 36 mFcm-2 e eficiência Coulombica de 99%.