A grande quantidade de bitucas de cigarros espalhadas em ruas, canteiros e gramados é um dos problemas ambientais que precisa ser enfrentado em Porto Alegre. A avaliação é do conselheiro da Agapan Celso Marquês. Ao jogar os restos de cigarro no chão, as pessoas causam danos ao ambiente, como a contaminação dos solos e até a morte de animais.
Segundo Marquês, o problema associado a outros, como aumento da produção de lixo e emissão de gases poluentes, compromete o equilíbrio natural. Para ele, é necessário buscar alternativa para o descarte correto do cigarro, já que o material utilizado na sua confecção não é biodegradável.
Para incentivar os funcionários a não jogarem bitucas no chão, algumas empresas e espaços inovam. No Centro Administrativo Fernando Ferrari, por exemplo, foram colocadas caixas pintadas de verde com os dizeres "Colabore. Jogue as bitucas aqui. A natureza agradece". Mesmo assim, ao passar ao lado do canteiro central, é possível ver um grande número no gramado.
Uma ideia criativa tem chamado a atenção em São Paulo. Como depois da aprovação da Lei Anti-Fumo houve aumento no número de bitucas, a ONG Recicleiros propôs uma solução e desenvolveu o "Bota Bituca", fabricado a partir do plástico de garrafas PET recicladas. Ele serve como cinzeiro portátil e pode ser levado na bolsa, por exemplo. Por enquanto, o produto pode ser comprado apenas em São Paulo. Mesmo assim, a expectativa é de ampliar os pontos de venda a outros estados. Mais informações pelo e-mail contato@botabituca.com.br. Segundo a ONG, no país cerca de 140 milhões de bitucas são descartadas de maneira incorreta.
(Correio do Povo, 03/01/2010)