O México, o primeiro país do mundo onde foi detectado, em abril, o vírus da gripe A, sairá da situação epidêmica em três ou quatro meses, disse hoje à Agência Efe o comissário nacional para a Influenza, Alejandro Macías.
"A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de esclarecer que a pandemia vai se manter durante mais um ano. Mas eu acho que, no México, a pandemia vai se resolver por março ou abril", disse o alto funcionário da saúde, em entrevista.
Até 23 de dezembro, neste país, tinham sido registrados 68,123 mil contágios e 823 mortes, número último que representa cerca de 8% do total registrado pela OMS, acrescentou o alto funcionário.
Macías acredita que, com a curva de evolução da gripe causada pelo vírus A (H1N1) nos últimos meses, "no México, como entramos primeiro, vamos sair primeiro também" da situação epidêmica.
Foram registrados casos em 32 estados do país, com o Distrito Federal em primeiro lugar, com 7,727 mil casos (11% do total), seguido por San Luis Potosí e o estado do México, com 4,271 mil e 4,238 mil casos, respectivamente, números que os situam com 6%, em cada caso.
Macías, especialista do Instituto Nacional de Nutrição e designado em outubro passado como comissário nacional de Influenza, disse que, a partir de abril, seu país terá "só casos esporádicos dentro do esperado do que se conhece como canais endêmicos". "Também é um bom desejo, mas acho que também está bem fundamentado em como evoluíram as coisas", acrescentou.
Esta saída adiantada da situação não necessariamente acontecerá em outros países, pois, naqueles onde o vírus da gripe A "entrou muito mais tardiamente", "eles vão ter ainda uma entrada de casos muito maior", disse.
Neste momento, no México, a gripe A continua sendo uma epidemia, "onde os casos amenizaram um pouco e onde estamos esperando uma reativação em janeiro e fevereiro".
(EFE / UOL, 30/12/2009)