A Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) disponibilizou US$ 100 mil (R$ 173 mil, ao câmbio atual) à Organização Mundial da Saúde (OMS) para ajudar Cabo Verde a combater a epidemia de dengue que atinge o país.
Em comunicado, a Embaixada dos Estados Unidos em Cabo Verde informou nesta terça-feira (29/12) que o valor será utilizado no controle da dengue no país africano e na luta contra o mosquito transmissor (Aedes aegypti).
"Este projeto beneficiará diretamente todos os cabo-verdianos que vivem nas ilhas mais afetadas pela dengue e, indiretamente, as populações das outras ilhas menos atingidas, assim como os profissionais das instituições envolvidas nas atividades de controle vetorial", indica o comunicado da embaixada norte-americana.
Ainda segundo a mesma fonte, a OMS trabalhará em estreita colaboração com o Ministério da Saúde de Cabo Verde, dentro do plano nacional de luta ao vetor da doença elaborado pelo governo.
A epidemia de dengue em Cabo Verde foi detectada no final de setembro, mas só depois de vários testes em laboratórios de Dacar é que foi declarada, em 21 de outubro. Até agora, cerca de 21 mil pessoas foram infectadas, e seis morreram. A última morte foi registrada em 5 de novembro.
A ilha de Santiago representou quase 80% do total de casos de dengue, epidemia que, pela primeira vez, chegou a Cabo Verde e que, segundo o governo, já está "controlada", embora as autoridades de saúde locais se mantenham vigilantes em relação à evolução do vírus. Atualmente estão sendo elaborados planos de contingência para o verão de 2010.
A epidemia de dengue no arquipélago foi controlada graças ao apoio internacional que mobilizou médicos, enfermeiros, técnicos de laboratório, equipamento e medicamentos fornecidos por diversos países e organizações.
O Instituto de Apoio/Assistência a Desastres no Exterior (OFDA) é o órgão da Usaid responsável por ajudar e coordenar a assistência do governo dos Estados Unidos no exterior.
(Lusa / UOL, 29/12/2009)