Municípios de Lagoão e Putinga foram atingidos por temporais neste feriadão
Nesta segunda-feira, a Defesa Civil Estadual deve receber a documentação dos estragos causados por um temporal que surpreendeu a cidade de Lagoão, na região Centro-Serra , no final da tarde de sábado. Segundo equipes da prefeitura, ao menos 120 casas foram destelhadas, mas a Defesa Civil estima que, do total, 30 foram danificadas.
O prefeito Mário Jesus de Camargo informou que é difícil explicar o que aconteceu, pois houve um estouro por volta das 19h e, em segundos, as residências em um raio de 1 km estavam todas destelhadas. O problema se agravou ainda mais com as fortes chuvas, molhando todos os móveis e aparelhos eletrodomésticos no interior das moradias. Também houve danos em lojas, agências bancárias, posto de combustíveis e outros estabelecimentos.
Na manhã desta segunda-feira, conforme o subcomandante da Defesa Civil, Major Aurivan Chiochetta, um técnico irá até a cidade, para analisar os estragos. "Às 7h30 desta segunda, nossa equipe vai verificar no local quais foram os estragos, e ver se é necessário algum tipo de auxílio humanitário", explica.
Caso a prefeitura decida decretar situação de emergência, Lagoão será o 219º município na listagem de cidades da Defesa Civil com problemas graves em virtude dos estragos causados pelos ventos fortes, chuvas e queda de granizo ocorridos desde 13 de novembro. O major salienta, ainda, que o mesmo pode acontecer com Putinga, município do Vale do Taquari que sofreu com os temporais da última quinta-feira, 24 de dezembro. "Com essas duas cidades, serão 220 em situação de emergência", analisa.
Uma enxurrada atingiu Putinga, alagando residências e destruindo lavouras. Por enquanto, nenhuma das cidades em emergência recebeu o valor correspondente do repasse anunciado em 28 de novembro pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A Secretaria Nacional de Defesa Civil irá destinar R$ 5 milhões. Na semana passada, o capitão Alexandre Goy esteve em Brasília para revisar todos os decretos de situação de emergência, o que permite a agilização dos repasses. Por enquanto, não há previsão de quando o dinheiro deve ser depositado na conta das prefeituras.
(Por Marjulie Martini / Rádio Guaíba, 27/12/2009)