A Câmara Municipal de Teresina foi palco de audiência pública para discutir o projeto de instalação da empresa Suzano Celulose no Piauí. A vereadora Teresa Britto (PV), autora da proposta, disse que o objetivo era analisar o projeto da empresa de acordo com a legislação ambiental.
Mas isso não foi possível devido à ausência de representantes da empresa, que enviou ofício informando que não pôde comparecer por ter sido comunicada na sexta-feira (11/12) e já ter compromisso agendado para a data.
Teresa Britto (PV) reprovou a falta de informações pela empresa e disse que ela não atende a legislação ambiental ao não realizar Estudo de Impacto Ambiental em todos os 38 municípios que seu projeto abrange. “Decidimos com a audiência que uma nova audiência será realizada em fevereiro já que nenhum representante da empresa compareceu a esse evento. Também constituímos uma comissão permanente para acompanhar a realização do projeto em conformidade com a lei. O Ministério Público Federal deve participar de todos esses encontros”, acrescentou.
O ambientalista Francisco Soares, da Fundação do Rio Parnaíba, se mostrou bastante preocupado com a forma que a Suzano irá atingir o lençol freático da região, podendo causar o êxodo rural, assim como ocorreu na Bahia, Espírito Santo e no Uruguai.
“Quem tiver poço para puxar água, esse recurso vai acabar daqui há sete anos. Tem que fazer o estudo completo, mostrar onde vai atuar, fazer o estudo de geosondagem pra saber como vai afetar o lençol freático. Foi apresentado apenas um estudo genérico, que não esclarece nada”, argumentou Soares.
(Ascom Câmara Municipal de Teresina / Fórum Carajás, 22/12/2009)