Os vulcanólogos filipinos anunciaram nesta quarta-feira (23/12) que elevarão para o nível máximo de alerta por erupção do vulcão Mayon na região central assim que a cratera começar a lançar piroclastos ou restos sólidos acompanhando o fluxo de lava e explosões.
Isso equivaleria na prática a que o monte entrou em erupção, segundo o último informe emitido pelo Philvolcs (Instituto de Vulcanologia e Sismologia). Se chegar a esse extremo, o vulcão já terá começado a tremer com grande intensidade e cuspir enormes colunas de fumaça e cinza, tão altas que poriam em perigo o tráfego aéreo em função da direção do vento.
Nas últimas 24 horas, dentro do Mayon foram detectadas 1.051 pequenas explosões e a quantidade de dióxido de enxofre lançado na atmosfera se aproximou das sete mil toneladas, muito acima das 500 frequentes, enquanto os rios de lava que fluem por três gargantas do monte superaram cinco quilômetros de comprimento.
A atividade do vulcão é acompanhada de perto pelos vulcanólogos desde julho, quando o Mayon aumentou sua atividade, após quase três anos em inatividade.
A pior das 45 erupções conhecidas do vulcão foi em 1814, quando causou a morte de cerca de 1.200 pessoas e soterrou a cidade de Cagsawa, batizada de "Pompeia filipina".
(EFE / Folha Online, 23/12/2009)