À beira-mar, a exposição ao sol está mais perigosa do que o normal para os gaúchos. O Índice Ultravioleta (IUV) medido pela Somar Meteorologia atingiu ontem um nível preocupante ao marcar o máximo em uma escala de zero a 14. Para os próximos dias, a tendência é de que baixe pouco, para 13. O cálculo do IUV é feito por meteorologistas, que relacionam a concentração de ozônio, a estação do ano e características geográficas, como altitude e tipo de solo.
O valor do índice se refere aos momentos em que o céu está claro. Nos dias nublados, o IUV que atinge a pele é menor, mas ainda assim requer proteção. O risco maior no território gaúcho tem explicação. A meteorologista Cássia Beu, da Somar, informa que a região sul da Terra está mais voltada ao Sol em comparação com a região equatorial. Com isso, o Rio Grande do Sul está a uma distância menor do astro, o que faz elevar a radiação que atinge o solo. Sobre o Estado, também há um buraco maior da camada de ozônio, o que deixa a região mais desprotegida dos raios solares.
A situação não significa que o sol deve ser evitado. A recomendação é que se evite a exposição ao sol das 10h às 15h (11h às 16h, no horário de verão), tanto no Litoral quanto nas cidades. O protetor deve ter, no mínimo, fator de proteção 15 e ser capaz de barrar raios UVA e UVB. Pessoas com pele clara e crianças devem usar filtro a partir do 30.
No país, o câncer de pele é o mais comum, mas é curável na maior parte dos casos, segundo o oncologista do Hospital de Clínicas Gilberto Schwartsmann:
– A relação entre a exposição exagerada e sem proteção ao sol é clara nos casos de câncer de pele. Esse tipo de câncer não surge de um dia para outro, por isso a importância de usar sempre filtro solar.
Hospedagem
Os hotéis do Litoral Norte estão com ocupação média de 40%. Para o Natal, 80% dos leitos estão reservados.
(O Pioneiro, 23/12/2009)