A Monsanto nega que faça exigências aos multiplicadores de sementes -os chamados sementeiros- do Estado de Mato Grosso para que eles dediquem no mínimo 85% de suas lavouras à produção de sementes geneticamente modificadas, em detrimento das convencionais.
"Não há nenhum tipo de contrato ou exigência feita pela Monsanto/Monsoy de que o multiplicador seja exclusivo. Dessa forma, a decisão sobre as variedades produzidas é unicamente do multiplicador", afirma a empresa em nota. A Monsanto diz que é líder no mercado de sementes de soja convencional no país e que é a empresa que "mais investe e se preocupa" com esse setor.
Sobre a disputa judicial com sindicatos de produtores no Rio Grande do Sul, a empresa afirma que o montante de royalties citado na ação é exagerado. "Embora a Monsanto prefira não se pronunciar sobre casos submetidos ao Poder Judiciário [...], cabe apenas salientar que o valor apontado (cerca de R$ 1 bilhão) não mantém uma real correlação com o montante efetivamente cobrado dos produtores."
A empresa afirma ainda que a cobrança de royalties e indenização "se baseia em direitos de propriedade intelectual, decorrentes de patentes [...], além de direitos sobre segredo de negócio, direitos regulatórios e demais direitos imateriais sobre a tecnologia RR".
(Por José Maschio, Folha de S. Paulo, 22/12/2009)