Os vereadores Fernanda Melchionna (Psol) e Carlos Todeschini (PT) participaram da COP 15, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre em Copenhague, na Dinamarca. Conforme a vereadora Fernanda Melchionna, um dos pontos altos da conferência foi a participação dos jovens e movimentos sociais.
A Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas que ocorreu na Dinamarca, está chamando a atenção do mundo sobre os efeitos do modo de produção capitalista no meio ambiente. 7% dos países mais ricos do mundo são responsáveis por emitir 50% dos gases poluentes e não estão dispostos a assinar um acordo para reduzir as emissões de gás carbônico.
Os vereadores Fernanda Melchionna (Pscol) e Carlos Todeschini (PT) representaram a Câmara de Vereadores de Porto Alegre na conferência. Conforme a parlamentar do Psol, o discurso dos países mais desenvolvidos de criar um fundo para subsidiar um desenvolvimento sustentável para o planeta é um grande engodo.
“Isso é uma constatação dramática e ao mesmo tempo tentam fazer um discurso de doar fundos para salvar os países pobres. Mas na verdade, nós sabemos que esses fundos serão utilizados pelas grandes empresas multinacionais plantadoras de celulose e eucalipto que também poluem o ambiente. Pois na medida em que se cortam essas árvores o gás carbônico volta para a atmosfera se segue à emissão dos gases poluentes”, afirma.
Para Fernanda Melchionna os jovens e os movimentos sociais foram os destaques da conferência. Ela diz que um dos pontos mais importantes do encontro foi a discussão sobre a mudança do sistema e não a mudança do clima.
“O que pode ter sido o marco da conferência foi a grande mobilização da juventude e das organizações não governamentais de vários países com a disposição de fazer e construir mobilizações permanentes para que haja mudança no sentido de não mudar o clima, mas sim o sistema”, diz.
O site oficial da Conferência sobre Mudanças Climáticas publicou, nesta sexta-feira (18), que a COP15 "se prepara para uma prorrogação". Ainda segundo o informe do site, as negociações devem continuar durante este fim de semana. Conforme o texto, como não há acordo à vista, os países precisam de tempo extra.
(Por Bianca Costa, Agência Chasque, 20/12/2009)