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passivos do carvão emissões de gases-estufa cop/unfccc
2009-12-20

Um grupo de ativistas bloqueou a linha férrea que dá acesso à maior instalação de exploração de carvão da Austrália neste domingo, na região da cidade de Sydney. Foi um protesto contra o fracasso da cúpula do clima de Copenhague, encerrada ontem (19).

Os manifestantes --cerca de 40-- se acorrentaram aos trens e trilhos e escalaram algumas composições, interrompendo o tráfego em toda a linha, região de Newcastle. De acordo com a ONG Rising Tide, à qual os ativistas pertenciam, o ato conseguiu manter a linha parada por seis horas, mas acabou com 23 ativistas presos --a polícia confirma 15.

O grupo diz que as exportações de carvão de Newcastle são a maior contribuição do país para a mudança climática. "Fizemos como um protesto contra o fracasso das negociações climáticas em Copenhague. [...] Estamos perdendo a fé em nossos líderes para tirar o mundo da crise", afirmou Steve Phillips, porta-voz dos manifestantes, à agência de notícias Reuters.

A Austrália é o maior exportador de carvão do mundo e depende, em grande parte, desta fonte para gerar energia elétrica. A maioria do carvão australiano sai de Hunter Valley, na região de Newcastle, e deixa o país de navio por meio da empresa Serviços de Carvão do Porto Waratah. Em 2008, a empresa retirou 91,5 milhões de toneladas de carvão.

Um porta-voz da empresa que explora carvão em Newcastle afirmou que o protesto terá pouco impacto na operação. "Não há nada que sugira que vamos ter impacto no final."

Copenhague
O resultado da cúpula do clima de Copenhague, que deveria ser o mais importante evento do século, acabou sendo ínfimo por causa do completo desacordo entre os 193 países-membros da ONU (Organização das Nações Unidas) envolvidos nos diálogos.

No final, ao invés de elaborar um tratado com vínculos legais que definisse metas de corte nas emissões de gases-estufa --o objetivo final da cúpula--, a única coisa que se conseguiu, após 13 dias de negociações, foi um documento de cumprimento opcional segundo o qual o aquecimento global não deverá ultrapassar 2ºC e os países mais desenvolvidos contribuirão com um fundo para auxiliar os mais pobres.

Os termos bastante generalistas foi o máximo que de consenso que se conseguiu alcançar, inclusive no último dia do evento, quando a sessão durou nada menos do que 31 horas. Na sexta-feira (18), Obama, com a mediação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a esse acordo com Índia e África. Com o documento, os chefes de Estado começaram a sair de Copenhague sem prever que, na madrugada, países como Bolívia, Venezuela e Tuvalu iriam se opor ferozmente à proposta.

Sem unanimidade, o documento ficou ainda mais frágil, pois seu cumprimento passou a ser não obrigatório. A expectativa, agora, é a de que ele dê origem, ano que vem, a um outro, realmente vinculativo. No texto final, metas de corte de gases-estufa estão em branco, para serem listadas (individualmente e sem compromisso) em janeiro. Há apenas uma menção a "reduções significativas".

"Isso é uma carta de intenções, que não define o que fazer em termos legais", disse Yvo de Boer, secretário-executivo da convenção, em comunicado que substituiu uma entrevista. "O desafio será transformar aquilo com que concordamos politicamente em algo real."

(Folha Online, 20/12/2009)


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