A Rede de Apoiadores da Coleta Seletiva Solidária no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, composta por 17 entidades públicas e privadas e do terceiro setor, será formalizada amanhã (21) durante solenidade de assinatura de protocolo de intenções no Teatro Carlos Gomes.
Uma dessas entidades é o Banco do Brasil. A gerente de Desenvolvimento Regional Sustentável do banco (DRS), Liliane Miranda Joels, disse que o protocolo vai reforçar um trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos dois últimos anos com quatro cooperativas e associações de catadores. A formalização da rede facilitará o recebimento de recursos pelos projetos.
A iniciativa faz parte da estratégia de desenvolvimento sustentável do BB, que procura estimular cadeias produtivas que ainda geram pouca renda e têm reduzido valor agregado. “Nós aprendemos a trabalhar juntos e geramos uma sinergia muito importante. E conseguimos com isso ajudar os catadores a se colocarem numa situação de interlocutor, de protagonista”, afirmou.
O Banco do Brasil atua desde 2007 apoiando cooperativas de catadores de materiais recicláveis em oito municípios fluminenses, por meio de 18 agências bancárias, que atendem a cerca de 2 mil catadores. “Estamos trabalhando para fortalecer as cooperativas para que elas tenham escala e maior renda dessa atividade. Esse é o nosso objetivo.”
O banco pretende também começar a trabalhar com as indústrias. “A gente vai começar a fazer uma ponte com os outros elos da cadeia, para que eles também possam comprar diretamente dos catadores e ajudar nesse trabalho”, afirmou.
A partir da formalização da rede, Liliane disse que a ideia é atender outras demandas específicas dos catadores. Entre elas se destaca a criação de um centro de triagem de material, ou seja, um local apropriado para selecionar os resíduos recicláveis, ainda inexistente.
“Com os novos membros que se agregaram à rede, nós vamos conseguir superar essa dificuldade”, garantiu.
A rede quer ainda estimular órgãos públicos, empresas e restaurantes instalados no centro do Rio a fazerem a coleta seletiva. “Os catadores vão ter mais resíduos para reciclagem a partir desse trabalho”, afirmou Liliane.
(Por Alana Gandra, Agência Brasil, 20/12/2009)