Depois de duas semanas de discussões, sem um consenso que resultasse em um acordo legal em Copenhague, ambientalistas e líderes já falam na 16 Conferência sobre Mudança Climática (COP 16), no México. Restou à conferência de Copenhague facilitar um acordo real em 2010.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou que a chanceler alemã, Angela Merkel, organizará negociações em Bonn, no prazo de seis meses, para preparar a próxima conferência. Os impasses na conferência de Copenhague, que terminou na sexta-feira, giraram especialmente em torno do jogo de empurra de responsabilidades entre países desenvolvidos e emergentes.
O Protocolo de Kyoto, assinado no Japão em 1997, deu obrigações de redução de emissões somente aos países ricos. Estes, porém, querem responsabilidades também para os emergentes, especialmente no que diz respeito a contribuições para a criação de um fundo climático.
O objetivo principal da conferência na Dinamarca era fechar um acordo para suceder o Protocolo de Kyoto. Os países em desenvolvimento querem sua prorrogação, que obriga os países ricos a reduzir a emissão de gases-estufa até 2012 e, ao mesmo tempo, elaborar outro para as nações em desenvolvimento. Os países ricos, por sua vez, querem unir Kyoto com um novo acordo, com obrigações para todos no combate ao aquecimento global.
(Correio do Povo, 20/12/2009)