Negociadores alcançaram um esboço de um acordo climático durante a madrugada do último dia da conferência climática em Copenhague, nesta sexta-feira (18/12). O texto pede a limitação do aumento da temperatura global em 2 ºC em relação à era pré-industrial, disseram fontes. O texto também promete que os países ricos doarão US$ 100 bilhões por ano até 2020 para ajudar países pobres a adaptarem suas economias e lidarem com a mudança climática, disseram duas fontes, que pediram para não ter o nome revelado.
O texto, que deve sofrer mudanças, não menciona metas de redução de emissões de carbono dos países industrializados, disse uma das fontes. Países baixos, que podem sofrer mais com o aumento dos níveis dos oceanos, querem um limite mais rígido, de 1,5 ºC. As temperaturas já subiram metade disso somente no último século, segundo o painel climático da ONU.
Líderes
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se juntará a outros 120 líderes mundiais no último dia das negociações sobre o clima, que visam alcançar um acordo para impulsionar os esforços internacionais para cortar as emissões de gases causadores do efeito estufa, considerados responsáveis pelo aquecimento do planeta.
Líderes de 26 nações ricas e em desenvolvimento se reuniram nas primeiras horas desta sexta-feira para tentar superar profundas divergências que afetam as negociações desde o seu lançamento, há dois anos em Bali, na Indonésia.
"Os líderes estão chegando, a maioria já chegou, e a razão que os fez decidir vir a Copenhague é porque há um sentimento genuíno de conseguir algo importante", disse o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.
(Por Pete Harrisson e Krittivas Mukherjee, Reuters / Folha Online, 18/12/2009)