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2009-12-17

Diante das dificuldades para um acordo em Copenhague até amanhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aposta em um aporte de dinheiro público dos EUA para um fundo global que bancaria o corte das emissões de gases-estufa e a adaptação à mudança climática. Segundo a avaliação feita pela cúpula da delegação brasileira ao presidente nesta quarta (16/12), é reduzida a chance de os EUA se comprometerem com o corte.

"É mais possível arrancar [algo] em recursos do que em metas de redução de gases, e vamos apostar nisso", resumiu o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente). Lula conversou por telefone com seu colega americano, Barack Obama, que deve chegar amanhã à Dinamarca. Antes, reunira-se com o premiê britânico, Gordon Brown. "A situação está complicada, mas vamos fazer das tripas coração", declarou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), chefe da delegação brasileira.

Segundo Dilma, a única coisa que o Brasil considera inegociável é a diferença de tratamento entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, que a seu ver tem de ser mantida. "Não negociamos, porque seria rendição", avaliou a ministra. México e Noruega propuseram um fundo global sustentado por leilões públicos de crédito de carbono e por contribuições de todos os países -inclusive em desenvolvimento, ainda que com cota menor.

A Folha havia adiantado que o Brasil aceitaria a proposta para destravar o impasse, já que o chamado "fundo verde" (ou ao menos seu princípio) é o resultado provável da COP-15, segundo várias delegações. O problema é que nenhum dinheiro está na mesa para as ações até 2020. Por ora só há o "fast money", que vai até 2012. Ontem foi a vez de o Japão anunciar um aporte de US$ 11 bilhões, US$ 500 milhões a mais que o da União Europeia.

Em coro com China, Índia e África do Sul, o Brasil defende o financiamento total do combate à mudança climática nos países pobres pelos desenvolvidos, que deveriam, afirma, dar de 0,5% a 1% de seu PIB. A delegação também critica o fato de uma parcela significativa do fundo vir do incipiente mercado de carbono, o qual avalia como inútil. "Nosso objetivo é segurar o aquecimento em 2 C [por século], não receber dinheiro", disse Dilma.

O discurso muda nos bastidores e na mesa de negociação, segundo fontes. Mas, embora clara a abertura à contribuição, não se sabe como ela seria feita. Os ministros apresentaram uma conta de US$ 5 bilhões em dez anos, decorrentes de ações de combate ao desmatamento, estímulo ao uso de biocombustíveis e financiamento de hidrelétricas.

(Por Marta Salomon, Luciana Coelho e Claudio Angelo, Folha de S. Paulo, 17/12/2009)


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