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cop/unfccc plano climático protocolo de kyoto
2009-12-17

A quarta-feira (16/12) em Copenhague foi marcada pela indignação das ONGs com a proibição de entrada no local da Conferência de Mudanças Climáticas, pela mudança da presidência da COP 15 e por pouco progresso nas negociações. 

Quem caminhava próximo ao maior shopping Center de Copenhague, a poucos metros de onde ocorre a Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, foi surpreendido nesta manhã com sirenes, cães latindo e policiais fechando as ruas. Dezenas de pessoas corriam tentando escapar da polícia, que começaria a prender muitas delas nos próximos minutos.

Este era só o primeiro sinal de como seria o dia, marcado pela indignação de milhares de integrantes de ONGs e observadores que não conseguiam entrar no Bella Center e por confrontos entre manifestantes e a polícia dinamarquesa. O clima de tensão não era diferente entre as delegações de 193 países no lado de dentro do edifício. Os grupos de trabalho que discutem o novo acordo climático (AWG-LCA) e o novo período de compromissos do Protocolo de Quioto (AWG-KP) vararam a madrugada de terça-feira para quarta-feira, mas muito do trabalho ficou para os ministros.

Inicialmente, os grupos deveriam relatar seus trabalhos para a plenária no início da tarde, mas com tantos desentendimentos entre os países em pontos cruciais, isto não começou até as 21h30 da noite. O recém empossado presidente da COP 15, primeiro-ministro da Dinamarca Lars Løkke Rasmussen, teve que conduzir diversas negociações informais em pequenos grupos para tentar avanços no decorrer do dia.

Ninguém sabia dizer ao certo o que aconteceu nessas reuniões, porém comentavam pelos corredores que, preocupado em não chegar a um consenso até sexta-feira (18), Rasmussen estava tentando convencer muitas delegações a usar o rascunho dinamarquês. Aquele mesmo que causou tanta confusão bem no início da COP 15, com a Dinamarca querendo que ele fosse o texto base das negociações ao invés de todos os documentos produzidos pelos grupos de trabalho nos últimos meses.

“É um documento que não foi elaborado dentro da Convenção e, portanto, não representa um consenso das nações aqui presentes, mas hoje é só quarta-feira e muita coisa vai rolar até o final, vamos ter muitas surpresas”, comentou o especialista em clima da Vitae Civilis, Gaines Morrow.

O resultado foi muitas coletivas de imprensa canceladas e pouco retorno das delegações sobre o que realmente ocorria nestas conversas. O secretário- executivo da Convenção Quadro da ONU para Mudanças Climáticas (UNFCCC), Yvo de Boer disse que a mudança de presidente da COP era um fato lógico já que, com tantos líderes de estado falando, eles queriam ver alguém que fosse do mesmo nível deles conduzindo os trabalhos.

Acesso restrito
A preocupação das ONGs agora é com o acesso extremamente limitado que terão ao Bella Center a partir desta quinta-feira (17/12) que, segundo eles, é uma atitude de falta de transparência do processo. De Boer disse que houve muitos incidentes dentro do local da Conferência, como diversos manifestos, mochilas largadas no canto de salas, interrupções da plenária e pessoas subindo em lugares impróprios.

“Muitos líderes de estado virão com seus próprios seguranças que irão julgar se consideram seguro ficar aqui. Então estou nesse grande dilema. No final do dia minha é minha responsabilidade a sua segurança e de outros participantes”, justificou à imprensa.

Apesar do senso de pessimismo de que Copenhague esteja próximo de um naufrágio, Rubens Born, da Campanha TckTickTick, disse que sempre resta um pouquinho de esperança e que, entre o vai e racha, ainda exista uma chance de ir. “Embora tudo aponte para o racha ou uma pizza queimada, com presença de tantos lideres de estado talvez eles possam tentar cozinhar uma pizza alternativa e dizer que não foi tão mal assim”, comentou. De Boer enfatizou que as próximas 24 horas serão críticas.

(Por Paula Scheidt, CarbonoBrasil, 16/12/2009)


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