Élio A. Martins, presidente da Eternit, que fabrica material de construção - entre eles telhas à base de amianto -, afirma que o mercado de fibrocimento pode sofrer muito caso o projeto de lei 917, que altera a proibição do amianto em SP, não seja aprovado. Para Martins, a qualidade das fibras alternativas ao amianto produzidas hoje é questionável, e o custo, elevado.
"Estimamos que 170 mil pessoas trabalhem na cadeia produtiva do fibrocimento no país. Se o amianto for banido, o mercado ficará menor. Pequenas e médias empresas fecharão", diz o presidente da Eternit. Segundo ele, o país já tem técnicas que evitam que o produto contamine trabalhadores. "Eliminamos o risco. Desde os anos 1980 não temos trabalhadores doentes."
Favorável ao uso do amianto, a Eternit é líder no segmento de fibrocimento, com 30% do mercado. A Brasilit, que tem 23% desse mercado e lidera na fabricação de produtos com fibras alternativas, defende o banimento do produto.
(Por Maria Cristina Frias, Folha de S. Paulo / IHUnisinos, 13/12/2009)