O presidente da Comissão Europeia (Executivo da UE), José Manuel Durão Barroso, destacou nesta quarta-feira (16/12)a necessidade de os Estados Unidos e a China darem "passos à frente" para que, na Conferência do Clima, da ONU, possa ser alcançado um acordo bem sucedido.
Falando no plenário da cúpula em Copenhague, Durão Barroso pediu aos 192 países participantes, mas, sobretudo, aos dois maiores poluidores mundiais - EUA e China ? para darem "passos à frente" para que seja alcançado um pacto "transparente e extenso" com o objetivo de resolver o problema do fenômeno do aquecimento global.
Ele destacou a importância de se implementar, na Conferência do Clima, ações para reduzir as emissões de gases que intensificam o efeito estufa, assim como o apoio financeiro "necessário" para que as nações em desenvolvimento possam se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas.
Fazendo referência aos impasses nas negociações derivados das posições conflitantes das diferentes partes, que voltaram a marcar, nesta quarta, o dia de trabalhos, Durão Barroso afirmou que é preciso "parar com a retórica" e lembrou que é "mais barato proteger o planeta agora do que ter que repará-lo mais tarde".
O presidente do Executivo do bloco europeu lembrou que os líderes dos 27 países-membros da UE disponibilizaram, na semana passada, 7,2 bilhões de euros (R$ 18,3 bilhões, ao câmbio atual) ao longo dos próximos três anos para ajudar os países mais pobres a combater o aquecimento global.
O apoio financeiro anual que os países ricos deverão fornecer, a partir de 2020, rondará os US$100 bilhões (R$ 175,5 bilhões), destacou Durão Barroso, garantindo que o bloco europeu está "absolutamente preparado" para assumir a parte "justa" dessa contribuição a longo prazo.
Delegações de 192 países se reúnem até 18 de dezembro em Copenhague no maior e mais importante encontro mundial sobre o clima. O objetivo é alcançar um consenso sobre um texto para um acordo legalmente vinculativo, que inclua as metas necessárias para assegurar que o aquecimento global não seja superior a dois graus Celsius em relação à era pré-industrial.
Participarão do encontro mais de 100 chefes de Estado e de governo, além de 15 mil delegados e do próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
(Lusa / UOL, 16/12/2009)