A empresa chilena CMPC Celulose Riograndense reafirmou à governadora Yeda Crusius, nesta quarta-feira (16), no Palácio Piratini, os investimentos previstos para o Rio Grande do Sul. Yeda assinou protocolos de intenção transferindo para a Celulose Riograndense os benefícios que haviam sido concedidos pelo Estado à empresa Fibria - adquirida pela CMPC, em Guaíba, na Grande Porto Alegre. A fábrica chilena planeja investimentos de US$ 3 bilhões em ampliação até 2015. "Reafirmamos compromissos que vão desde a responsabilidade econômica e financeira até a social", disse a governadora.
De acordo com Yeda, os protocolos mantêm o projeto original acordado com a Aracruz Celulose e depois com a Fibria. A governadora lembrou a rapidez com que os negócios foram propostos e concluídos pelo grupo chileno. "Eles conheceram o Rio Grande do Sul e a perspectiva que o Estado tem de produzir e de usar as vias fluviais, assim como a possibilidade de exportação através do Porto de Rio Grande", frisou, ao destacar que os protocolos também representam a reafirmação do compromisso com a população do Rio Grande do Sul.
A CMPC Celulose Riograndense está assumindo a unidade de Guaíba e também a implantação futura do projeto, conforme informou o presidente da empresa, Walter Lídio Nunes. Cerca de 40% da madeira a ser utilizada como matéria-prima chegará à fábrica por hidrovias. Conforme Nunes, serão buscadas alternativas para fortalecer a logística de exportação através do terminal de São José do Norte. "No acordo, também estão outras necessidades de infraestrutura na parte rodoviária, redução de algumas distâncias e pavimentação de estradas", exemplificou.
Segundo o presidente da empresa, foram reforçadas ainda questões tributárias. A partir de janeiro, será retomado o plantio de áreas adicionais necessárias para a expansão. Com isso, serão gerados 200 empregos no município gaúcho de Barra do Ribeiro. De acordo com o dirigente, serão oferecidos mais mil empregos em 2010 e outros 4 mil até o final da ampliação. "Nosso acordo prevê a valorização dos fornecedores locais", assegurou Nunes.
A CMPC identificou no Rio Grande do Sul condições importantes para atrair novos investidores, como o déficit zero obtido pelo governo do Estado e projetos em infraestrutura e logística. A empresa adquiriu o complexo industrial da Fibria por U$ 1,4 bilhão. As negociações envolveram uma planta de celulose, uma fábrica de papel e áreas rurais com aproximadamente 212 mil hectares. Atualmente, são mantidos 450 empregos diretos e outros 950 indiretos. Também participou da audiência com a governadora o presidente da Fibria, Carlos Aguiar.
(Governo do RS, 16/12/2009)