Empresa que comprou fábrica de celulose em Guaíba prevê mais 40 mil hectares cultivados
Ainda no primeiro trimestres de 2010, a CMPC Celulose Riograndense deverá retomar o plantio de árvores no Rio Grande do Sul – processo interrompido pela Aracruz no final do ano passado, depois de perdas decorrentes de apostas erradas feitas com o câmbio.
Com as mudas no viveiro de Barra do Ribeiro quase prontas para serem cultivadas, a companhia investirá R$ 170 milhões na atividade de plantio ao longo do próximo ano.
Atualmente com cerca de 130 mil hectares plantados, a Celulose Riograndese, que adquiriu a planta da Aracruz em Guaíba, deve elevar o cultivo em mais de 40 mil hectares. Ainda no começo do ano, serão entre 500 mil e 1 milhão de mudas transferidas para o campo, de um total de 20 milhões de unidades que devem ser produzidas até o final de 2010. Cada muda necessita, em média, de quatro meses para alcançar esse estágio.
Walter Lídio Nunes, presidente da Celulose Riograndense, estima que sejam gerados em torno de mil empregos por meio das empresas terceirizadas. Com a retomada e a expansão dos investimentos no Estado, a produção de celulose na unidade de Guaíba deve passar das atuais 450 mil toneladas para 1,3 milhão de toneladas.
Ontem, a chilena Compañía Manufacturera de Papeles y Cartones (CMPC) pagou a primeira parcela da compra, no valor de US$ 1 bilhão, da unidade Guaíba da Fibria (união da Aracruz com a Votorantim Celulose e Papel). Até o dia 30 de janeiro, a CMPC quita a compra, repassando mais US$ 430 milhões à Fibria.
(Zero Hora, 16/12/2009)