Ampliar o controle social e a saúde das comunidades indígenas no Rio Grande do Sul foi uma das conclusões do curso da Escola Estadual de Saúde Pública. No encerramento, ontem, crianças da comunidade guarani, que moram no bairro Lomba do Pinheiro, fizeram uma apresentação com danças e músicas. Outra conclusão foi a necessidade da formação de grupo de trabalho para manter os debates sobre as necessidades indígenas nas diversas regiões do Estado.
Segundo a coordenadora do curso, Áurea Jair Maciel, o objetivo é dar maior visibilidade aos indígenas. De acordo com a presidente do Conselho Estadual de Defesa do Índio, Sonia Santos, existem cerca de 23 mil indígenas que residem no Estado. Aldeias e acampamentos estão distribuídos pelo RS, em especial na região Norte, próximo a Tenente Portela, e ao longo do Litoral.
Para o integrante da Secretaria municipal de Direitos Humanos e Segurança Pública Luiz Fernando Fagundes, um dos diferenciais foi a participação dos índios, que relataram seu dia a dia, sem necessidade de interlocutores. O curso teve duração de cinco meses, com 16 encontros, que teve ainda participação de representantes das fundações nacionais de Saúde e do Índio, além do Ministério Público Federal.
(Correio do Povo, 16/12/2009)