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plano climático protocolo de kyoto cop/unfccc
2009-12-15

Ministra afirmou que é hora de abandonar ideias de acordo único e trabalhar em extensão de Kyoto

Depois de um dia marcado pela suspensão temporária da conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff chamou a saída das delegações africanas das negociações desta segunda-feira (14/12) de "balde de água fria nas tentativas de manipular a versão" de um acordo em Copenhague. Insatisfeitos, representantes do grupo G77/China, que inclui o Brasil, a Índia, a África do Sul, a China e vários dos países mais pobres do mundo, suspenderam a reunião durante horas.

Por isso, para Dilma, a ideia de se concentrar exclusivamente em um novo acordo, como grande parte dos países ricos vinham defendendo, em vez de trabalhar paralelamente em uma extensão do Protocolo de Kyoto, deveria ser esquecida. "Hoje (segunda-feira), essa história de fazer um acordo só quase deu uma revolução. Se respeitar os dois caminhos, tudo é possível. Se não respeitar os dois caminhos, não vai chegar a nada", disse Dilma à BBC Brasil.

Discordância
O chamado Plano de Ação de Bali, fechado na conferência da ONU de 2007, previa negociações paralelas em dois "trilhos", que poderiam ou não se encontrar em Copenhague. Alguns países em desenvolvimento temem que ao abandonar Kyoto, os países industrializados driblem compromissos já assumidos - como a redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa em 5,2% em relação a 1990 até 2012 - e ao mesmo tempo queiram cobrar mais dos países emergentes.

Do ponto de vista dos industrializados, existe o medo de assumir novos compromissos sob Kyoto que podem pesar na economia, enquanto os Estados Unidos - que não ratificaram o protocolo vigente - escapariam mais uma vez. O negociador-chefe americano brincou sobre o assunto nesta segunda-feira, ao afirmar que este é o único assunto polêmico que não envolve o país.

Críticas
A notícia do protesto africano agitou o Bella Center, onde acontece o encontro em Copenhague, e ambientalistas manifestaram aos africanos. O representante sudanês do bloco G77, embaixador Lumumba Di-Aping, criticou duramente a ministra para Energia e Meio Ambiente da Dinamarca, Connie Hedegaard, que preside a conferência.

"A presidente da está totalmente comprometida com a violação de quaisquer processos democráticos", afirmou. Hedegaard, que nos próximos meses vai assumir o recém-criado cargo de Comissária para Clima da União Europeia, se disse "surpresa" com a ação e afirmou que em reuniões no domingo deu ao G77 "diversas garantias" de que as negociações sobre Kyoto não iriam ser deixadas de lado.

"Abertura"
Apesar do clima pesado que se instalou na conferência nesta segunda-feira, a ministra Dilma Rousseff afirmou à BBC Brasil que "sente um posicionamento extremamente favorável". "Em que pesem as reivindicações, as divergências sobre a condução dos trabalhos, em todos eles (países do G77/China) eu senti um interesse legítimo em fazer com que a conferência dê um resultado positivo, concreto, com metas robustas", afirmou.

Segundo Dilma, a postura dos países desenvolvidos é igualmente positiva. "Conversei longamente com o ministro francês, vejo da parte dele o mesmo empenho, a mesma abertura."

A conferência das Nações Unidas sobre o clima vai até sexta-feira na capital da Dinamarca. Nos próximos dias, a cidade deve receber líderes de mais de 130 países, entre eles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente americano, Barack Obama, e outros.

(BBC Brasil / Estadao.com.br, 15/12/2009)


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