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2009-12-15

O protesto dos camponeses nos terminais da Petrobras em São Mateus, norte do Espírito Santo, entrou em seu sexto dia nesta segunda-feira (14/12), ainda sem a empresa assumir qualquer compromisso em relação aos principais pontos da pauta de reivindicações. Segundo informação oficial passada aos manifestantes, o assunto é tema de reunião entre o governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB), deputados estaduais e gerentes da estatal, ainda nesta segunda, em Vitória.

A motivação do encontro seria o prejuízo da Petrobras, com a interdição de seus terminais de bombeamento e embarque, o Terminal Norte Capixaba (TNC), e as unidades “SM-8” e “FAL”. O tráfego de veículos também não tem sido permitido, desde o início da mobilização, na madrugada da última quarta-feira (09).

Os 600 manifestantes ficam a maior parte das noites acordados, e se mantêm nos locais com doações de comidas, por agricultores que moram próximo aos terminais. Descansam em casas de moradores ou no próprio local, improvisando alternativas nas pistas dos terminais ou na vegetação. Em um ponto do protesto, há uma barraca de camping.

De acordo com Valmir Noventa, da coordenação estadual do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), os camponeses não irão abrir mão de suas reivindicações. “A empresa continua agindo de maneira a não dialogar e, até agora, não nos deu nenhum posicionamento”, destacou.

A mesma postura é adotada há seis dias.  Os manifestantes afirmam que a Petrobras não fez questão de informá-los sobre as providências tomadas, nem mesmo dosresultados dos encontros internos que realizou para discutir o assunto.

Na última sexta-feira (11), houve inclusive um princípio de confronto no TNC, quando gerentes da empresa estiveram no local e fizeram declarações debochadas, como contam os manifestantes. Na ocasião, os camponeses apresentaram todos os problemas sofridos, que são ainda mais amplos do que os três pontos principais que motivaram o protesto. Moradores antigos relataram como era a região antes da chegada da Petrobras, comparando com a situação atual. Para eles, além de mudar os costumes locais e causar inúmeros impactos sociais, econômicos e ambientais, a empresa quer também mudar a maneira de pensar do povo.

Entretanto, assim como no primeiro encontro realizado com os manifestantes, com a presença de representantes da empresa, e ainda do prefeito do município, Amadeu Boroto (PSB), do deputado estadual Eustáquio de Freitas (PSB) e vereadores, nenhuma solução foi apresentada.

Esses foram os únicos contatos diretos da Petrobras com os camponeses. De reuniões entre gerentes da empresa, em Vitória, o MPA ficou sabendo por terceiros e, mesmo assim, sem qualquer confirmação ou encaminhamento pela Petrobras.

A mobilização cobra providências não só da empresa, mas também do governo do Estado e da prefeitura de São Mateus, para resolver problemas antigos sofridos pela comunidade, e que já foram pauta de outros dois protestos na região. Porém, sem resultado algum. As propostas ficam apenas na promessa, e um tenta jogar a responsabilidade sobre o outro.

A principal reivindicação é o asfaltamento da rodovia que liga São Mateus a Barra Nova, que está completamente danificada pelo transporte de carretas que atendem à empresa. Não sendo possível, portanto, escoar as produções agrícola, pecuária e pesqueira. A situação prejudica ainda o tráfego de ônibus, pois as linhas passam por essa estrada.

Os moradores também reclamam da água fornecida no município, que se tornou de péssima qualidade, com as atividades de extração, escavação e perfuração do óleo pela Petrobras. Além disso, é comum faltar água em São Mateus.

Exigem, ainda, responsabilidades da empresa sobre seus impactos ambientais. “A região era belíssima, sempre muito bem conservada pelos camponeses, e vem sendo totalmente destruída pela Petrobras. As tubulações para construção do gasoduto da empresa causaram a mortandade de peixes e tartarugas marinhas, e o sumiço do caranguejo, principal fonte de renda dos moradores. Os recursos hídricos, antes em abundância, estão se esgotando. Sem falar na contaminação por produto químico usado para fechar os poços de petróleo, conhecido como “Lama”, altamente perigoso, e nos constantes derramamentos de óleo registrados no norte”, enumerou Valmir.

(Por Manaira Medeiros, Século Diário, 14/12/2009)


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