A presença do presidente Barack Obama pode ajudar a destravar as negociações na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), segundo a secretaria para a América Latina e o Caribe da organização Governos Locais pela Sustentabilidade (Iclei em inglês), Laura Valente. “O fato de o Obama vir aqui é muito significativo, traz uma disposição”, afirmou ela, por telefone, à Agência Brasil.
Segundo Laura, os negociadores americanos presentes na reunião “são muitos duros” e ainda não apresentaram propostas capazes de agradar aos representantes dos países em desenvolvimento.
Para o diretor adjunto da organização não governamental Amigos da Terra, Peter May, se as nações representadas na COP–15 conseguirem chegar a pelo menos um acordo genérico que defina as responsabilidades dos países ricos em relação aos de desenvolvimento já seria um avanço. Ele considera que os valores específicos podem ser discutidos mais tarde, se ao menos um texto básico for aprovado.
May destaca como ponto fundamental a ser esclarecido durante a conferência a Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação (Redd). O mecanismo compensa financeiramente projetos que impeçam emissões de gases de efeito estufa provocados pela destruição de florestas. “Precisa ser melhor definido, com objetivo e forma de atuação dos países tropicais (no Redd) e o aporte financeiro dos países do norte”, ressaltou.
De acordo com Laura, as discussões até o momento apontam para a estruturação do Redd em grandes programas de governo ou até projetos que envolvam mais de um país, em vez de ações isoladas . “Não é uma coisa que possa fazer um projetinho aqui e outro ali.”
(Agência Brasil / AmbienteBrasil, 15/12/2009)