As alterações climáticas já começaram a ter um grave impacto em alguns países, entre os quais Tuvalu. Se nada for feito, este país do Pacífico composto por diversas ilhas ficará submerso com o aumento do nível da água do mar. No dia 10 de Dezembro, Apisai Ielemia, primeiro-ministro do país, esteve na Comissão do Desenvolvimento do Parlamento Europeu para uma troca de pontos de vista com os eurodeputados.
Que consequências tiveram as alterações climáticas para o seu país?
"As nossas ilhas são pequenas e estão a ficar submersas devido ao aumento do nível da água do mar e às alterações climáticas. Ao longo dos últimos anos o arquipélago foi atingido por diversos ciclones, ventos fortes e vagas marítimas que destroem a vegetação, o arvoredo, as colheitas e os jardins junto às casas".
Tuvalu
* O terceiro país menos populado do mundo: 12.000 habitantes
* O quarto país mais pequeno do mundo: 26 km2 de superfície
* O ponto mais elevado do país: 4,5 m de altitude
Qual é o pior cenário previsível no futuro?
"A submersão do país. Imaginemos a ocorrência de um tsunami, uma vaga gigante: as nossas ilhas têm uma altitude muito reduzida, são pequenas e estreitas, com apenas um quilómetro em alguns locais. Uma vaga gigante pode trespassar a ilha para o outro lado e este é o pior cenário que consigo imaginar: as pessoas morrerão afogadas e todas as propriedades desaparecerão".
Quais são as suas expectativas sobre a Conferência de Copenhaga sobre alterações climáticas?
"Espero que seja assinado um acordo vinculativo, é o que tenciono fazer quando chegar a Copenhaga e é o que gostaria de ver acontecer por parte de todos os líderes mundiais participantes. Nesse sentido, apelo à União Europeia e a todos os seus Estados-Membros para trabalharem com Tuvalu no sentido da assinatura de um acordo vinculativo. É por esse motivo que aqui estou, para apelar a um trabalho conjunto comigo e com todos os representantes de países mais vulneráveis às alterações climáticas".
(Parlamento Europeu, 12/12/2009)