Retirar as carroças das ruas de Porto Alegre e, ao mesmo tempo, assegurar alternativas de renda para os atuais catadores de produtos recicláveis. É isso que prevê a Lei 10.531/2008, de autoria do presidente da Câmara de Porto Alegre, Sebastião Melo. Sancionada pelo prefeito José Fogaça, em setembro de 2008, a Lei das Carroças ganhou um reforço na última semana. A partir de duas emendas do vereador Beto Moesch, foram garantidos R$ 60 mil para a criação de um Centro de Preservação de Equídeos - para acolher os cavalos vítimas de maus-tratos - e R$ 20 mil para dar início a implementação da lei. Os ajustes foram incluídos no orçamento, para que sejam executados em 2010.
Moesch lembrou que existe na Capital um centro para acolher os cavalos machucados. Esse novo local acomodará aqueles animais que não terão mais serventia aos carroceiros quando começarem a trabalhar diretamente nos centros de triagem de produtos recicláveis. "O objetivo é aumentar, qualificar e criar novos galpões de reciclagem. Os catadores cadastrados trabalhariam direto nesses locais e não mais precisariam ir atrás do material."
O diretor da Divisão de Projetos Sociais do DMLU e um dos integrantes da comissão para regulamentar a lei, Jairo Armando dos Santos, ressalta que a partir de sábado os carroceiros que moram nas ilhas serão cadastrados. A meta é que participem de projetos sociais mantidos pela organização. "Para tirar as carroças das ruas precisamos incluir estas pessoas na sociedade. Além dos programas de coleta seletiva, temos projetos de plantio de árvores nativas e sua posterior comercialização e outros de cultivo de peixes."
(Correio do Povo, 14/12/2009)