(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
cop/unfccc plano climático política ambiental dos eua
2009-12-13

Em dia marcado por manifestações, país-ilha que corre o risco de desaparecer bloqueou negociação. Tentativa de destravar o processo sai do Senado dos Estados Unidos; documento foi apresentado por grupo multipartidário nesta sexta (11/12)

No dia em que manifestantes tomaram as ruas de Copenhague e mais de uma centena de cidades ao redor do mundo pedindo um acordo justo, ambicioso e vinculante no clima, a reunião diplomática que deveria produzir esse acordo foi suspensa. Motivo: Tuvalu, o país-ilha que corre o risco de desaparecer neste século sob mares em elevação, bloqueou a negociação por achar que não havia esforço suficiente dos países.

A mesma impressão foi manifestada neste sábado (12) pela dinamarquesa Catherine, que levou a filha de oito anos e uma amiga, num frio próximo a zero grau, para acompanhar a passeata que saiu da Praça do Parlamento e reuniu ao menos 30 mil pessoas (até 100 mil segundo os organizadores): "Acho que eles poderiam estar fazendo mais".

No dia em que os ministros começaram a chegar para a semana decisiva da COP-15, os diplomatas ainda não conseguiram desatar os principais nós do processo. O maior deles é a questão do financiamento a longo prazo para o combate à mudança climática nos países em desenvolvimento.

Embora muitos acenos tenham sido feitos pelos países desenvolvidos sobre o dinheiro a ser dado até 2012, a própria proposta de texto do acordo, apresentada na sexta-feira, se omite quanto a valores para o período até 2020, quando pelo menos US$ 150 bilhões anuais seriam necessários.

Também ficou clara a indisposição dos países de assumirem sua parcela de responsabilidade. Nas entrevistas coletivas durante a semana, os negociadores tentavam empurrar a culpa uns para os outros: a União Europeia culpava os EUA, que culpavam a China, que culpava os EUA novamente, que culpava os emergentes -e assim por diante.

"Uma semana se passou e estamos em uma situação na qual não conquistamos o suficiente. Se continuarmos nesse ritmo não vamos conseguir atingir o que precisa ser atingido na próxima semana", disse ontem o ministro do Ambiente sueco, Andreas Carlgren.

Uma tentativa de destravar o processo surgiu no final da semana de onde ela era mais necessária: do Senado dos EUA. Um documento de quatro páginas apresentado por três senadores detalha ações americanas contra a mudança climática, abraça um corte de 17% de emissões até 2020 em relação a 2005 (o mesmo nível de redução proposto por Obama, mas menor do que a proposta original do Senado, que falava em 20%) e promete também dinheiro a longo prazo para os países em desenvolvimento.

"Isso indica para o pessoal em Copenhague que nós estamos levando as coisas a sério", disse John Kerry, democrata de Massachusetts que apresentou o plano, ao lado de Lindsey Graham (republicano) e Joe Lieberman (independente). O movimento foi visto como um avanço, já que as chances de um acordo de força legal em Copenhague estão basicamente ligadas ao Senado dos EUA. Enquanto a Casa não votar a lei de mudança climática do país, o presidente Barack Obama não poderá assinar nada que amarre o país a um compromisso de corte de CO2.

Mude a política
No protesto de ontem, dezenas de milhares de pessoas pediram pressa aos negociadores. Cartazes como "Não há planeta B" e "Mude a política, não o clima" eram erguidos na concentração, em frente ao Parlamento. Às 14h (11h em Brasília), sob monitoramento da polícia que cercava o centro de Copenhague, os manifestantes iniciaram uma marcha, que chegou duas horas depois ao Bella Center, onde acontece a cúpula.

A polícia disse que as autoridades também estavam monitorando um protesto não-autorizado de um grupo anticapitalista. Até hoje de manhã, 19 pessoas haviam sido detidas.

(Por Luciana Coelho e Claudio Angelo, Folha de S. Paulo, 13/12/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -