O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) assinou nesta quinta (10/12) com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) um acordo para repassar tecnologia e a experiência brasileira no monitoramento por satélite do desmatamento. A colaboração foi acertada durante a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, na Dinamarca.
O Inpe vai treinar técnicos de países pobres para analisar imagens de satélite a partir do TerraAmazon, sistema desenvolvido pelo instituto para os programas de monitoramento. Os cursos de capacitação serão realizados no Centro Regional da Amazônia, inaugurado recentemente em Belém (PA).
O monitoramento do desmate em florestas tropicais é um dos pontos fundamentais para alavancar a inclusão do mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd) no acordo climático global que deve sair de Copenhague. Para compensar financeiramente um país pela redução do desmate, é preciso ter certeza da diminuição das derrubadas, o que é possível com as imagens de satélites.
O Inpe é reconhecido internacionalmente pelos sistemas de observação do desmatamento da Amazônia. Desde 1988, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes) cobre 4 milhões de quilômetros quadrados de floresta e revela a taxa anual do desmatamento por corte raso na região. Já o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), fornece alertas mensais para orientar ações de fiscalização e controle de derrubadas.
(Por Luana Lourenço, com edição de Lílian Beraldo, Agência Brasil, 10/12/2009)