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emissões veiculares br-116 emissões de co2
2009-12-11

Em horários de pico, conforme a PRF, circulam pela rodovia cerca de 60 mil veículos
 
O carro foi inventado em 1885 pelo alemão Karl Benz e produzido em escala industrial em 1892 por Henry Ford, nos Estados Unidos. A principal preocupação da época era facilitar a vida da humanidade e diminuir as distâncias entre as pessoas. Hoje, os veículos continuam desempenhando esses dois papéis e carregam um pesado fardo: são um dos maiores responsáveis pelo aquecimento global do planeta.

Na região, um dos locais de maior circulação de veículos é a BR-116, uma verdadeira usina de poluição. O trecho entre Novo Hamburgo e Canoas concentra os principais pontos de congestionamentos. Para quem entende do assunto, as vias de intensa movimentação dos centros urbanos contribuem, e muito, para o aquecimento global. Essa é a opinião do professor do curso de Engenheiro Ambiental da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), José Eduardo Neto, e da pesquisadora do Centro Universitário Feevale, especialista em poluição atmosférica, Ângela Beatrice Dewes Moura.

Entre 1990 e 2005, as emissões brasileiras de gases de efeito estufa passaram de 1,36 bilhão de toneladas para 2,2 bilhões, um aumento de 62%. Com isso, o Brasil é quarto país mais poluidor do mundo. E o gás carbônico (CO2), liberado pelos escapamentos dos veículos tem grande peso nesse índice nada positivo.

RESOLUÇÃO - Para tentar mudar essa realidade, o Conselho Nacional do Meio Ambiente publicou no final de novembro a resolução n.º 418, que torna obrigatória a inspeção veicular nos Estados e cidades do País com mais de 3 milhões de veículos. Com a publicação, que depende uma portaria para passar a vigorar, Estados e municípios ficam obrigados a elaborar planos para realizar a inspeção periódica de suas frotas de veículos.

Em horários de pico, conforme a Polícia Rodoviária Federal, circulam pela BR-116 cerca de 60 mil veículos. Volume que praticamente dobra se forem contabilizados todos os que trafegam ao longo do dia.

Falta fiscalização para frear o efeito estufa
A superlotação da BR-116 e a falta de fiscalização por meio dos órgãos de meio ambiente, para José Eduardo Neto, são os maiores causadores dos gases de efeito estufa. Neto também destaca que é preciso criar uma lei para regulamentar os horários de cargas e descargas nos grandes centros urbanos. Os caminhões atrapalham e congestionam as vias urbanas, argumenta.

Para Ângela Moura, o problema é agravado porque a maioria das pessoas costuma andar sozinha dentro dos carros, o que acaba queimando muito mais combustível. "É o nosso maior vilão e nossa maior fonte de poluição atmosférica ultimamente", ressalta. A pesquisadora destaca que, além das rodovias, avenidas de grande concentração de veículos também apresentam o mesmo problema e quem circula por essas regiões enfrenta até dificuldade para respirar.

As grande empresas normalmente são controladas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e por isso não geram tantos gases de efeito estufa. No entanto, esse fato que se repete com os aterros sanitários, que em razão de decomposição de matéria orgânica produzem metano (CH4), mais poluentes que o CO2.

CARROS ECOLOGICAMENTE CORRETOS
Confira as novidades em veículos ecologicamente corretos do editor do caderno Motores e blogueiro do www.jornalnh.com.br, Adair Santos:
"Acostume-se à palavra a seguir, você vai ouvir falar muito nela: downsizing, termo em Inglês que representa a tendência de derrubada do tamanho da cilindrada dos motores. Essa onda começou na Europa e está se alastrando para o resto do mundo, inclusive para o Brasil e mercados como o norte-americano, tradicional terra dos V8.

Mas quais os fatores que estão determinando esta nova ordem mundial? O primeiro deles é a necessidade de economizar combustível, pois sabe-se que as reservas mundiais de petróleo estão com os dias contados. Portanto, é inadmissível que ainda existam motores beberrões, por mais belos que sejam seus roncos.

O segundo dos fatores são as legislações de emissões de poluentes, cada vez mais rigorosas. Aos poucos, foram forçando os propulsores a emitirem menos gases e, consequentemente, a reduzirem de tamanho. Mesmo os motores de maior cilindrada motores 6 e 8 cilindros – que ganham sobrevida nas marcas de luxo já estão muito mais econômicos, graças à evolução tecnológica.

No futuro, a tendência é de que restem alguns poucos modelos disponíveis em cada marca com propulsores de cilindrada maior, específicos para quem necessita carregar cargas e rebocar trailers, por exemplo."
Quando é a hora de fazer manutenção?

- Para o engenheiro mecânico e presidente da Associação dos Organismos de Inspeção Veicular do Rio Grande do Sul, Jorge Luiz Wojcicki Silva, a validação do Plano de Controle de Poluição Veicular depende de três frentes: oficinas, prefeituras e os proprietários de veículos. As oficinas porque precisam se enquadrar dentro dos padrões de poluição gerados por cada veículo, de acordo com a tecnologia e ano de fabricação. Às prefeituras caberá o papel de definir como a inspeção será realizada. Já os proprietários precisam realizar a manutenção e deixar o carro em dia, ressalta. Confira as dicas para saber quando é a hora de realizar uma revisão, evitando assim que o veículo seja um grande agente poluidor:

- Falta de rendimento, o motor está fraco. Tudo o que sobra no motor não gera potência, mas sai pela descarga em forma de poluição. Não adianta acelerar que o problema continua.

- Há maior consumo de combustível. Se o carro antes fazia 10 quilômetros por litro, agora faz oito.
O que fazer?

- Leve o veículo até o mecânico de sua confiança e peça para conferir as condições de duas peças fundamentais: sonda lamda e o catalizador. A sonda lamda é responsável pela regulagem da queima do motor, adequando a mistura para uma maior eficiência e economia. Já o catalizador anula o feito dos gases nocivos.

Ruim para o meio ambiente, péssimo à saúde
Segundo o pneumologista João Deodato Lunardi, a poluição é a principal causa de problemas respiratórios. Conforme o médico, os hidrocarbonetos (como álcool, gasolina) fecham os brônquios quando inalados. "As pessoas que já apresentam algum problema de respiração, então sentem falta de ar, apresentam tosse e tem alergia respiratória.’’ Lunardi diz que hoje, no Brasil, 100% da população sofre de algum problema respiratório. "Há 30 anos o índice era de 2,5%.’’

Em outubro, o pneumologista, que também é médico do trabalho, participou, em Santa Catarina, do Congresso PnemoSul, que contou com palestrantes do exterior. "Nos Estados Unidos e na China, por exemplo, índices já são bem maiores. Em alguns países, 20% da população já sente os efeitos da poluição apresentando problemas respiratórios. "Se no Brasil não for feito nada, dentro de alguns anos teremos este mesmo índice.’’

Sai esboço de documento de Copenhague
Copenhague - O primeiro documento do grupo de trabalho que rege as discussões sobre as mudanças climáticas na Conferência de Copenhague deve ser apresentado aos delegados dos 192 países hoje. O texto deve contemplar os dois pontos mais polêmicos da conferência: a manutenção das regras do Protocolo de Quioto, que diferencia as responsabilidades de países ricos e em desenvolvimento para combater a emissão de gases que provocam o efeito estufa, e o financiamento de longo prazo para o combate ao aquecimento global.

Os países ricos pretendem comprometer-se em Copenhague apenas com um financimento de curto prazo, estipulado em US$ 30 bilhões entre 2010 e 2012. Já o grupo dos países em desenvolvimento e das nações pobres, propôs um de financimento anual de US$ 200 bilhões. (AE)

(Por Débora Ertel, Jornal VS, 11/12/2009)


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