Se para os moradores de Itaara a lembrança do temporal de 7 de setembro ficou gravada na memória, para os visitantes, os montes de entulho na Avenida Guilherme Kurtz dá uma ideia dos estragos causados pelo mau tempo. São pilhas e pilhas de pedaços de telhas que ocupam parte da avenida. Pelas ruas dos balneários, destroços ainda estão acumulados.
Diante do risco de o material causar dano ao meio ambiente, o Ministério Público Estadual determinou que o município providenciasse a destinação dos resíduos. Conforme o promotor de Defesa Comunitária, João Marcos Adede y Castro, na semana passada, a prefeitura de Itaara foi notificada a enviar à promotoria uma proposta de solução para o problema.
– De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente, o gerador dos resíduos deve fazer a destinação. Nesse caso, não é possível identificar um gerador porque toda a cidade foi atingida. Então, cabe ao município se responsabilizar – explica o promotor.
Segundo o procurador jurídico do município, Luis Carlos Dalla Pícola, a prefeitura não achou uma área para depositar os resíduos, que poderiam causar algum dano ambiental.
A solução definitiva só virá, segundo Dalla Pícola, quando a prefeitura conseguir recursos do Ministério da Integração Nacional. Para isso, é preciso finalizar um projeto que indique um fim adequado aos resíduos. O dinheiro será usado para transportar o entulho até Gravataí, onde há um aterro. Esse deslocamento custaria R$ 1 milhão.
Enquanto isso, a prefeitura de Itaara deve contratar uma empresa emergencialmente. A ideia é embalar os restos de telhas e deixá-los na avenida até serem transportados. A empresa deverá ser escolhida até quarta-feira, dia 16.
(Por Lizie Antonello, Diário de Santa Maria, 11/12/2009