A Secretaria do Trabalho, Cidadania e Assistência Social e o Gabinete da Primeira-Dama de Rio Pardo iniciaram esta semana uma campanha para arrecadar material de construção, que será doado aos atingidos pela enchente. A primeira-dama, Rosane Rocha, explica que são em torno de 50 famílias que necessitam com urgência de telhas, madeira, cimento, tijolos e todo o tipo de produto para conserto e até mesmo reconstrução de seus lares.
A assistente social do município, Elisângela Carvalho, está à disposição daqueles que necessitarem de auxílio. A Prefeitura também permanece com a arrecadação de alimentos, colchões, cobertores e roupas, principalmente infantis. Os doadores poderão entrar em contato por telefone na Secretaria de Assistência Social (51 3731 1876) ou na Casa de Passagem (51 3731 7078).
O material poderá ser enviado a esses locais para ser encaminhado às famílias ou ainda ser recolhido pelas equipes da Prefeitura diretamente com os doadores. O Corpo de Bombeiros também recebe os donativos. Ontem, seis famílias ainda estavam fora de suas casas em função da cheia dos rios Pardo e Jacuí. Quatro se encontravam no centro comunitário do Bairro Nossa Senhora do Rosário e duas no centro da Várzea do Camargo.
O coordenador da Defesa Civil do município, Joel Lisboa da Rocha, explica que praticamente todas as casas atingidas pela enchente sofreram algum dano. Observa que algumas ficaram com as paredes comprometidas e outras com problemas no piso, dentre outras complicações. Ressalta que a maioria das residências é de alvenaria e oferece mais riscos de estragos com os alagamentos. Diante dos problemas financeiros da Prefeitura, o coordenador da Defesa Civil afirma que o município busca o apoio comunitário para auxiliar os atingidos.
Os alagamentos começaram na metade de novembro e atingiram o ponto crítico no final do mês, quando o Jacuí superou os dez metros acima do nível normal. A enchente deixou 50 famílias desabrigadas e outras 80 desalojadas. No final da tarde de ontem, o Jacuí estava com 14,82 metros, 7,82 acima do nível normal, conforme medição na jusante da Barragem do Anel de Dom Marco.
(Gazeta do Sul, 10/12/2009)