Declaração foi feita pela chefe da Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental, durante evento paralelo organizado pelo governo brasileiro na COP 15
A chefe da Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental, Lisa Jackson, disse nesta terça-feira (8/12), durante 15ª Conferência das Partes da Convenção de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP-15), em Copenhague, que o Brasil será um grande parceiro dos Estados Unidos na área dos biocombustíveis.
A declaração foi dada durante um evento paralelo organizado pelo governo brasileiro na COP 15. Lisa Jackson anunciou que os Estados Unidos reconhecem o gás carbônico como prejudicial ao ser humano. Muita gente chegou a ficar de fora do local do evento, freqüentado por suecos, norteamericanos e africanos. A idéia é transferir tecnologia de produção para outros países.
O diretor do departamento de energias renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, afirma que a intenção brasileira não é colonialista, mas solidária com os países mais pobres. Segundo o secretario executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia José Miguez, cada país africano deverá escolher qual tecnologia se adapta mais às suas necessidades.
Para ele, o biocombustível brasileiro tem uma ótima eficiência energética. Em alguns casos, o custo ecológico para a produção é até nove vezes menor do que o custo do produto. Além disso, em maior ou menor grau, todos são menos emissores de gases poluentes do que a gasolina.
Durante o encontro os participantes questionaram o Brasil se podem estar ocorrendo desmatamento de mata nativa para plantar cana de açúcar. A especialista do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) Thelma Krug, assesgurou que, graças ao sistema de monitoramento implantado na Amazônia, é possível afirmar que lá não existem áreas desmatadas para esse fim. ´Mas não posso ter esse mesmo grau de incerteza quanto ao cerrado ou outros biomas´, disse ela. ´Pretendemos monitorar todos os biomas brasileiros no futuro”, concluiu ela.
(Por Angêlica Coronel, EcoAgência, 09/12/2009)