O ministro português das Relações Exteriores, Luís Amado, defendeu nesta segunda-feira (07/12), em Bruxelas, que a União Europeia assuma uma "posição forte" e "ambiciosa" em Copenhague, e afirmou que é possível alcançar um acordo sobre o objetivo de cortar em 20% os gases poluentes.
"A União Europeia tem a responsabilidade de liderar este processo por tudo o que já fez e por tudo o que seus povos ambicionam fazer neste domínio", disse Amado ao chegar a uma reunião dos chanceleres dos países-membros do bloco europeu. Delegações de 192 países iniciaram nesta segunda-feira, em Copenhague, as negociações para tentar chegar a um acordo sobre as bases de um novo pacto para a redução de emissões de gases que intensificam o efeito estufa.
Para o ministro português, a posição de Portugal será a de "valorizar" a postura ambiciosa da UE.Os Estados-membros do bloco já se comprometeram a reduzir as emissões em 20% até 2020, em relação aos níveis de 1990, meta que podem ampliar para 30% caso outros países industrializados realizem "esforços comparáveis".
"Parece-me excessivamente ambicioso, mas veremos se é possível ir além dos 20%, objetivo sobre o qual há, hoje, um consenso muito razoável", concluiu o chanceler português.Quase 12 anos depois da assinatura do Protocolo de Quioto, em 1997, que definiu metas para inverter as emissões de gases poluentes, os países signatários estão, agora, negociando o pacto que substituirá esse acordo a partir de 2013.
Mais de 100 chefes de Estado e de governo, incluindo o primeiro-ministro português, José Sócrates, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, confirmaram presença em Copenhague, na reta final desta conferência, convocada pelas Nações Unidas.
(Lusa / UOL, 07/12/2009)