As empresas brasileiras têm condições de adotar a rotulagem ambiental - certificado de que a empresa tem um produto ou serviço sustentável -, defendeu nesta sexta (04/12) a secretária de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Samira Crespo, que participou de workshop para debater o assunto organizado pelos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
“O seminário cumpre o papel de mostrar que não é difícil seguir esse roteiro [para adotar processos produtivos ambientalmente sustentáveis], há muitos processos de certificação e o custo adicional não é significativo porque o benefício é muito maior”, disse Samira. Ela afirmou ainda que a rotulagem cumpre dois papéis importantes: fazer com que todas as empresas tenham um programa de qualidade voltado para o meio ambiente e fazer com que o consumidor tenha uma garantia de que a empresa faz um trabalho sério.
A secretária afirmou ainda que há várias certificadoras importantes no Brasil e que os certificados são dados em função de três requisitos: conformidade ambiental, conformidade social e conformidade em termos de ter uma comunicação responsável. O diretor do departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior, Fábio Faria, disse que é importante que as empresas conheçam essas regras.
“É importante que as empresas saibam quais são essas regras e que elas não se tornem um entrave para o comércio, elas têm que ser regras possíveis de serem adotadas e venham a favor da competição”, afirmou.
O presidente do Grupo Sustentax, que dá às empresas o selo de rotulagem ambiental, Newton Figueiredo, disse que o custo de adaptação para tornar um produto ambientalmente sustentável vai depender da cultura da própria empresa.
“O custo disso vai depender de cada caso. Se é uma empresa na qual os produtos estão fazendo mal à saúde, sem qualidade, sem responsabilidade ambiental, social, vai custar caro. Agora, se é uma empresa que já faz tudo isso e precisa de alguns ajustes, não vai sair caro”, explicou.
(Por Roberta Lopes, com edição de Lílian Beraldo, Agência Brasil, 04/12/2009)