Inauguração acontece dois meses antes do previsto, mas usina não vai operar com sua carga total
A partir das 10h30min do dia 15, Santa Catarina contará com uma nova usina geradora de energia. Será inaugurada a Usina Hidrelétrica Salto Pilão, construída no Rio Itajaí-Açu, entre os municípios de Apiúna, Ibirama e Lontras. A inauguração ocorre dois meses antes do previsto pelo cronograma inicial das obras, resultado do ritmo acelerado de trabalhos desenvolvido desde 2006, data do início da construção.
Segundo o coordenador de Comunicação Social do Consórcio Empresarial Salto Pilão (Cesap), responsável pela obra, Rubens Habitzenreuter, a usina não terá a potência total – 182,3 MW (megawatts) – logo após a inauguração. Há dois geradores de energia, cada um com 91 MW de potência. Entretanto, somente um deles está pronto para começar a trabalhar:
– O segundo gerador estará em testes nas próximas semanas. Quando estiverem prontos, ele entra em funcionamento e a usina trabalhará com potência total.
Os 182,3 MW de energia produzidos pela Usina Hidrelétrica Salto Pilão serão incorporados ao sistema nacional de distribuição no Estado, controlado pela Celesc. A potência da hidrelétrica acrescentará 7% à capacidade instalada de eletricidade em Santa Catarina, melhorando as condições de abastecimento na região.
A energia produzida em Salto Pilão será suficiente para abastecer os 28 municípios do Alto Vale e o excedente servirá parte da região do Médio Vale. No total, cerca de 700 mil consumidores serão beneficiados. O diferencial da usina é que o relevo do terreno é aproveitado para a geração de energia. Uma barragem desviou parte do fluxo do Rio Itajaí-Açú na Localidade Riachuelo, em Lontras. A água passa por um túnel de sete metros, escavado em uma montanha.
O túnel precisa estar cheio de água para que a usina possa funcionar. Quanto ao volume desviado, Habitzenreuter afirma que não há como garantir o percentual porque varia de acordo com o leito do rio.
A Usina Hidrelétrica Salto Pilão foi efetivada pelo Cesap, grupo formado pelas empresas Votorantim, DME Energética e Camargo Corrêa Energia. O investimento foi de aproximadamente R$ 500 milhões. Nos mais de três anos de obras, mais de 1,3 mil trabalhadores participaram na sua construção.
(Por Priscila Sell, Diário Catarinense, 04/12/2009)