A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quarta-feira (02/12) que os casos de vírus da nova gripe resistentes ao antiviral oseltamivir aumentaram de 57 para 96 nas últimas duas semanas, mas apontou que "não há provas de que isto constitua um perigo para a saúde pública".
Cerca de um terço destes casos foram registrados em pacientes com seus sistemas imunológicos muito debilitados por doenças sanguíneas, por tratamento como quimioterapia ou pós-transplantes, acrescentou a OMS, em um documento divulgado em seu site.
A nota afirma que a OMS foi informada sobre dois recentes focos de pacientes infectados com o vírus A (H1N1) resistente ao oseltamivir - substância comercializada com o nome de Tamiflu - no País de Gales (Reino Unido) e no estado americano da Carolina do Norte.
Em ambos os casos, os focos foram registrados em uma zona determinada de um hospital e em pacientes com severas imunodeficiências, e há suspeitas de que houve transmissão do vírus resistente entre pacientes, acrescentou.
O foco em Gales, detectado no fim outubro e que afetou oito pacientes, não causou mortes, mas o nos Estados Unidos, detectado entre outubro e novembro, matou três dos quatro pacientes afetados.
A OMS recomenda seguir vigiando o desenvolvimento destes vírus resistentes ao oseltamivir para ver se ocorrem mudanças em sua transmissão e malignidade.
(G1 / AmbienteBrasil, 03/12/2009)