O estudo, que apresenta dados coletados por 20 anos, aponta que, em solo sob plantio direto contínuo, ganho chega a 63%.
Uma pesquisa da Embrapa com a Universidade Federal Fluminense (UFF) confirma que o sistema de plantio direto conserva o carbono no solo mais do que o plantio convencional. De acordo com a Embrapa, a forma direta de plantação é um sistema "que preconiza a semeadura sem revolvimento do solo e cujos restos culturais da lavoura anterior permanecem sobre o solo como palhada de cobertura".
O estudo, que apresenta dados coletados por 20 anos, aponta que o solo, sob plantio direto contínuo, evita que 79,4 quilos de carbono hectare/hora sejam emitidos para a atmosfera. No solo sob plantio convencional, o desempenho foi 63,3% menor. A pesquisa mediu também amostras de solo do ambiente de floresta, como sistema de referência. O balanço do acúmulo de carbono pela matéria orgânica no solo alcançou saldo positivo de 875,1 quilos de carbono hectare/hora.
"Apesar das áreas agrícolas emitirem gases de efeito estufa, os sistemas conservacionistas, como o plantio direto, são os que mais se aproximam do ambiente natural de floresta", explicam os pesquisadores Beata Madari e Pedro Machado, da Embrapa Arroz e Feijão; Eleno Torres e Julio Franchini, da Embrapa Soja, e Renata Barreto, Adriana Costa e John Maddock, da Universidade Federal Fluminense.
(Embrapa / EcoAgência, 04/12/2009)