A Usina Termoelétrica Governador Mário Covas, em Cuiabá, está prestes a ser desativada em virtude de ter expirado em outubro o contrato para o transporte de gás a partir da Bolívia. Além da falta de instrumento legal, a termoelétrica amargou, nos últimos dois anos, prejuízo de cerca de US$ 50 milhões. Após revelar o problema, o senador Osvaldo Sobrinho (PTB-MT) conclamou o governo federal e a classe política mato-grossense a buscarem uma solução para o assunto.
O próprio Osvaldo Sobrinho antecipou suas sugestões de medidas que poderão ser adotadas. Ele propôs ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que determine ao Itamaraty que adote medidas diplomáticas junto ao governo boliviano, já que a decisão de corte no fornecimento de gás teria partido daquele país. Outra ideia do senador é que a Petrobras envie para o Mato Grosso parte do gás que importa da Bolívia para estados da Região Sudeste.
O senador pelo Mato Grosso alertou que se a termoelétrica for fechada sua usina deverá se transformar em sucata, o Centro-Oeste perderá 600 megawatts de energia, haverá retração econômica no estado, e todo o investimento feito em infraestrutura para viabilizar a vinda do gás boliviano terá sido jogado fora. Será mais um patrimônio nacional destruído.
- Para o Mato Grosso, a possível desativação da Usina Mário Covas irá prejudicar o desenvolvimento da região. Mais do que o abastecimento e o prejuízo já acumulado, muitas empresas podem ser prejudicadas com a carência do gás, além de afetar sensivelmente a área de serviços, pois muitos empregos foram gerados na confiança de que o produto iria dar impulso e suporte ao desenvolvimento econômico - afirmou Osvaldo Sobrinho.
(Agência Senado, 03/12/2009)