Analistas ambientais do Instituto Chico Mendes e a Polícia Militar rondoniense montaram acampamento em Calama, distrito de Porto Velho, para deflagrar uma operação de fiscalização na Floresta Nacional (Flona) de Humaitá contra a pesca predatória nos igarapés. Mas, além dos peixes apreendidos com a pesca ilegal, a equipe foi surpreendida com o grande número de balsas de extração mineral (lavra de ouro) ao longo do rio Madeira.
A extração de ouro no Madeira é praticada principalmente entre os meses de junho a dezembro. O decreto nº 2.485/98, de criação da Flona de Humaitá, não prevê em seu objetivo a extração mineral como atividade da unidade. Por isso, 19 garimpeiros foram autuados, sendo apreendidas 24 balsas de garimpo.
Outra atividade ilícita constatada durante as rondas diárias da fiscalização foi o depósito de madeira sem licença, no entorno da Flona. Em uma área às margens do rio Madeira a equipe de agentes do ICMBio e da PM deparou-se com um carreador (via de acesso precária na floresta para transporte de madeira) que dava acesso a uma clareira onde a madeira estava depositada. No local foram encontradas 9 toras que perfaziam 27 m3 de madeira prontas para o carregamento. Nesta ação foram apreendidas, além das toras, um trator tipo skider.
Durante a semana da operação foi feita apenas uma apreensão ilícita de 40 kg de peixes e 400 metros de malhadeiras no igarapé Buiuçu. Feito o balanço da operação, realizada entre os dias 18 e 24 de novembro, a equipe conseguiu identificar 12 acampamentos de pesca no interior da Floresta de Humaitá, além de lavrar 21 autos de infração e apreender 1 trator, 9 toras de madeira, 40 kg de peixe, malhadeiras e 24 balsas garimpeiras.
(Ascom ICMBio / Amazonia.org.br, 02/12/2009)