Cidades do Noroeste atingidas por vento na segunda contabilizam prejuízos
Depois de um dia de céu aberto e tempo seco, que ontem ajudou a reconstrução em municípios atingidos por vento que chegou a 120 km/h na segunda-feira, os temporais devem novamente amedrontar os gaúchos hoje.
Há previsão de tempestade principalmente nas regiões Oeste, Central e Nordeste, com acumulado de mais de 60 milímetros em apenas 24 horas. A chuva deverá cair ainda pela manhã nos municípios próximos à fronteira e, até o final do dia, as nuvens carregadas devem tomar a maior parte do Estado.
Segundo a Somar Meteorologia, as regiões de Alegrete e Arroio dos Ratos devem ser afetadas com mais força. O volume de chuva nessas duas áreas pode alcançar entre 60 e 80 milímetros, mais da metade do esperado para todo o mês de dezembro.
A ventania, que nos últimos dias vem espalhando destruição pelo Estado, também deve voltar com intensidade. As rajadas podem superar os 70 km/h e há risco de queda de granizo em pontos isolados.
Santo Cristo tenta se recuperar de vendaval
Mais de 24 horas depois do vendaval, comércio fechado, aulas suspensas e destruição pelas ruas ainda eram uma realidade nas cidades do Noroeste. Em Santo Cristo, moradores circulavam pelas ruas interrompidas para verificar de perto o que a força do vento fizera com postes, árvores e construções.
A reconstrução começou aos poucos. Soldados do Exército e do Corpo de Bombeiros, da vizinha Santa Rosa, desobstruem vias, recolhem galhos e árvores. Prefeituras vizinhas ajudam o município a retirar o entulho das ruas.
O município calcula R$ 12 milhões em prejuízos. Como a energia não foi totalmente restabelecida, o município ganhou reforço da Brigada Militar no policiamento. A previsão é de que a luz volte à área central do município até o meio-dia de hoje.
– Imagino que só na semana que vem a cidade vai voltar à normalidade – diz o prefeito José Seger (PT), que decretou situação de emergência.
Em Campina das Missões, a situação não era diferente. As mais de 200 casas que tiveram o telhado ou a estrutura danificada começaram a ser reconstruídas. Na Vila Kennedy, 80 das 110 residências foram atingidas.
(Por Silvana de Castro, Zero Hora, 02/12/2009)