Os chefes de Estado e de governo dos países ibero-americanos que participaram da cúpula no Estoril aceitaram priorizar a inovação nas estratégias de desenvolvimento de suas nações, conforme indicado na declaração final da reunião.
Inovação e Conhecimento foi o tema da 19ª Cúpula Ibero-americana, e, segundo o texto aprovado, os chefes de Estado e de governo estão "conscientes de que (aqueles) são instrumentos fundamentais para erradicar a pobreza, combater a fome e melhorar a saúde das populações, bem como para alcançar um desenvolvimento regional sustentável".
Nesse sentido, os líderes decidiram fortalecer as instituições nacionais de inovação e a promoção da cooperação solidária entre os governos, assim como promover a "criação de um novo e ambicioso programa" que será definido por um grupo de trabalho coordenado pela Secretaria-Geral Ibero-americana.
"Este deverá ser um programa para a pesquisa aplicada e inovação tecnológica, inclusivo e aberto a todos os países", segundo o texto da Declaração de Lisboa.
Incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico e o esforço público e privado neste domínio, promover o investimento nas infraestruturas de comunicação, apoiando o acesso generalizado à banda larga, e desenvolver programas que garantam a transferência de tecnologias às nações em desenvolvimento são outros dos compromissos dos líderes ibero-americanos.
Eles reiteraram "a importância da inovação, do conhecimento e da transferência de tecnologia para o combate às alterações climáticas", e decidiram "contribuir (?) para um esforço global de redução de emissões de gases de efeito de estufa".
Crise econômica
Em relação à questão da crise econômica e financeira internacional, os líderes ibero-americanos reunidos no Estoril disseram "apoiar o aumento substancial de capital do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Mundial (BM) para assegurar que contam com recursos suficientes" para financiar o desenvolvimento.
A Declaração de Lisboa registra a entrada da Bélgica e da Itália como observadores associados na conferência ibero-americana e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a União Latina, entre outros, como observadores consultivos.
A segunda cúpula ibero-americana que teve Portugal como país anfitrião - depois da do Porto, em 1998 - começou domingo e terminou nesta terça.
Em 2010, a reunião acontece em Mar del Plata, Argentina, e, no ano seguinte, no Paraguai, enquanto a cidade de Cádis, na Espanha, acolherá a 22ª cúpula, em 2012.
(Lusa / UOL, 01/12/2009)