Dos 86 projetos inscritos pelo Rio Grande do Sul para o leilão de energia eólica, que será realizado pelo governo federal em 14 de dezembro, 67 foram habilitados tecnicamente pela Empresa de Pesquisa Energética. O Estado se destaca entre os de maior capacidade para geração de energia através do vento: está em segundo lugar com maior capacidade instalada, uma vez que os projetos, juntos, somam 2.238 MW de potência – atrás apenas do Ceará, com 2.515 MW – e o terceiro lugar com maior número de propostas apresentadas e habilitadas – 67, enquanto Ceará possui 108 e Rio Grande do Norte, 105.
“O Rio Grande do Sul se destaca pelo atlas eólico, e este potencial precisa ser aproveitado, uma vez que, além de gerar energia limpa, promove desenvolvimento econômico e social, por meio da geração de empregos”, lembra o deputado Alberto Oliveira. O parlamentar coordenou a Subcomissão Mista formada na Assembleia Legislativa para tratar de Energia Eólica e, recentemente, promoveu reuniões a fim de chamar a atenção para a necessidade de incentivos para atrair investimentos. “A competitividade com os estados do Nordeste é grande. Mas o Rio Grande do Sul também oferece vantagens. Entre elas, a perspectiva de instalação de uma fábrica de aerogeradores na Região Metropolitana, que torna vantajosa a instalação de unidades no Estado”.
O deputado defende, ainda, que o governo federal torne regular a realização deste tipo de leilão, a partir de um plano específico: “Novas edições deste processo devem acontecer, mostrando aos empreendedores a viabilidade em investimentos neste setor. Da mesma forma, cabe à União regionalizar estes leilões, possibilitando ao Rio Grande do Sul, por exemplo, que tem condições favoráveis, se apresentar como pretendente”, observou.
(Por Celso Bender, AL-RS, 01/12/2009)
* Colaboração de Natália Pianegonda