Apenas os cortes de emissões da China que tiverem apoio financeiro internacional estarão abertos a verificação externa, disse na sexta-feira (27/11) o embaixador chinês para a mudança climática.
Yu Qingtai afirmou ainda que a maioria dos planos de corte de emissões provavelmente não entrarão na categoria de "mensurável, reportável e verificável" (MRV). "As ações serão mensuráveis, reportáveis e verificáveis se o suporte internacional for mensurável, reportável e verificável", disse.
"Você não pode aplicar o mesmo tipo de padrão para as ações que nós tomarmos por nós, com nossos recursos, e para as que tomarmos com suporte internacional."
A China anunciou na quinta-feira (26/11) que iria cortar entre 40% e 45% das suas emissões por unidade de PIB, em comparação com 2005. Isto deu força à esperança de que um novo acordo climático saia em dezembro no encontro da ONU em Copenhague.
O país, entretanto, enfatizou que a sua meta é voluntária, criando a possibilidade de que os outros países questionem como essas reduções de CO2 serão checadas. Ele insiste que países em desenvolvimento não deveriam, qualquer que seja o acordo final, ter que fazer cortes obrigatórios de emissões.
(Folha Online / AmbienteBrasil, 30/11/2009)