O petróleo do pré-sal trará uma produção imensa de gás natural. Para tornar esse produto viável economicamente, a Petrobras estuda formas de garantir um sistema de liquefação em plataformas que serão instaladas em alto-mar. A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Natural (Abegás) quer que sejam feitas alterações na legislação sobre o assunto, a fim de garantir melhores preços e uma utilização sustentável, sem que seja necessário aumentar a sua queima durante a produção petrolífera.
Para o presidente da entidade, Armando Laudório, é preciso regras que estabeleçam formas de equilibrar a oferta e a demanda pelo gás, que terá mantido, até 2019, o contrato de fornecimento com a Bolívia. "Especialistas contratados pela associação apontam entre as soluções a possibilidade de promover aditivos nos atuais contratos das distribuidoras, revendo as cláusulas dos reajustes dos preços e promovendo descontos equivalentes aos praticados nos leilões de curto prazo, garantindo maior segurança nos investimentos", argumentou.
De olho nas perspectivas futuras, aqui no Rio Grande do Sul a Companhia Estadual de Gás (Sulgás) projeta a possibilidade de implantação de terminal de regaseificação na região de Rio Grande. Para o presidente da empresa, Antônio Goidanich, esse investimento seria uma forma de estimular a utilização do combustível, não só industrialmente, mas também no âmbito domiciliar. "Somos uma distribuidora, mas temos que estar atentos ao que se apresenta como futuro para o setor, embora acredite que não precisamos ser açodados na exploração do pré-sal. "O importante é que a Sulgás tem a estrutura operacional fortalecida, que já é um primeiro passo para essas ações futuras."
(Correio do Povo, 28/11/2009)