Atividades como pecuária, mineração e exploração de petróleo que devastam Amazônia fez com que a região fosse responsável, em 2008, por 1,1 a 1,9% das emissões de carbono no mundo. É o que constata o estudo "Estimativa das Emissões de CO2 por Desmatamento na Amazônia Brasileira", do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
O relatório do instituto levou em consideração os dados recentes do Global Carbon Project, que indicam haver um crescimento das emissões globais de dióxido de carbono provenientes de combustíveis fósseis e relativa queda das emissões pelo uso da terra, reflexo principalmente da diminuição do desmatamento da Amazônia, além das estimativas internacionais do desmatamento na Indonésia.
Mesmo que ainda haja significativa incerteza nas estimativas de emissões de uso da terra, estima-se que cerca de 10% das emissões globais de 2008 estariam relacionadas a esse fator, que inclui o desmatamento de florestas tropicais em vários países e emissões associadas a práticas agrícolas, entre outras mudanças na cobertura do solo.
De acordo com o relatório, de 1999 a 2008 as emissões de CO2 na Amazônia contabilizam cerca de 700-800 Mt (milhões de toneladas) anuais. Com a queda na taxa de desmatamento nos últimos anos, a média das emissões diminuiu para 500-550 Mt em 2007 e 2008.
Futuro
Para as perspectivas de emissões até 2020 foram feitas projeções que consideram tanto os efeitos das metas de redução de desmatamento propostas pelo governo quanto os resultados em caso de continuidade da taxa média, que é de 19.500 km² desmatados ao ano no período 1995-2006.
Levando em consideração a redução de 80% na devastação da floresta, a estimativa é que em 2020 as emissões por desmatamento de floresta primária possam ser diminuídas em cerca de 600 milhões de toneladas de carbono.
Veja aqui o estudo completo.
(Amazonia.org.br, 26/11/2009)