A maioria dos moradores do bairro Cidade Nova III, localizado aos fundos do São Giácomo, reclama do mau cheiro em época de temperaturas altas. O aterro sanitário está em operação desde 1989 e há quatro anos recebeu as últimas obras de ampliação.
A dona de casa Scheila Rodrigues, 26 anos, mora no bairro há três anos com o marido e dois filhos. Aos fundos da casa, ela vê uma parte do aterro.
– Principalmente pela manhã, o cheiro é bem forte, é terrível. Nos dias de calor é pior. Sem falar nas moscas, que são muitas – reclama.
Moradora da Rua H, Olivia Iara dos Santos, 29, convive há 11 anos com o transtorno.
– O cheiro vai por tudo. Na hora de fazer a comida, tem cheiro de lixo – conta Olivia, mãe de uma menina de cinco meses.
O diretor-presidente da Codeca, Adiló Didomenico, entende as reclamações, mas defende:
– É normal aumentar a exalação de odores com o calor. O loteamento está chegando muito perto do lixo. Não foi o lixo que chegou perto do loteamento. O loteador abriu uma área próxima demais.
Conforme ele, o aterro ainda tem uma folga técnica para ser usado, mas o plano é desativá-lo logo.
– Trabalhamos com a expectativa de no início do ano parar o aterro São Giácomo, tão logo o novo possa receber material.
(O Pioneiro, 27/11/2009)