'Tendência de queda no desmatamento continua', diz ministro. Instituto faz monitoramento independente da devastação
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, contestou em nota divulgada nesta quinta-feira (26/11) os dados de desmatamento da Amazônia em outubro publicados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). “A tendência de queda no desmatamento continua”, afirma o ministro.
“Contrariamente ao que foi divulgado pelo Imazon, os dados preliminares fornecidos pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e os nossos trabalhos de campo sinalizam para a continuidade, em outubro, da redução do desmatamento na floresta. E, seguramente, no período de agosto/2009 a julho/2010, teremos outra vitória, reduzindo o desmatamento ainda mais”.
O Imazon, que utiliza uma metodologia diferente do Inpe para classificar o desmatamento nas imagens de satélite, registrou um acumulado no período de agosto a outubro de 2009 de 682 km² devastados, enquanto no mesmo período do ano anterior havia encontrado 525 km². Isso representa um aumento de 30%.
Ainda segundo a nota de Minc, o “Inpe, em função da forte cobertura de nuvens, ainda não divulgou os dados relativos a outubro”. O Imazon, por sua vez, afirma que “havia pouca cobertura de nuvens na região e por isso foi possível monitorar 87% da Amazônia Legal”. De acordo com o ministro do Meio Ambiente, o Inpe fornecerá os números do desmatamento a cada dois ou três meses, como costuma fazer nesta época mais chuvosa do ano.
“Embora não tenhamos as informações do Inpe, a diretoria de proteção ambiental do Ibama, em seu trabalho de monitoramento e combate ao desmatamento, nos informa que em outubro, e até mesmo nos primeiros dias de novembro, a tendência de queda continua sendo verificada.
(Globo Amazônia, 26/11/2009)