O novo destino para o lixo produzido na cidade deve estar pronto até o final do ano. É essa a previsão da prefeitura para a conclusão do aterro sanitário que está sendo construído na localidade de Rincão das Flores, a cerca de cinco quilômetros do Presídio Regional do Apanhador.
Assim que ele estiver concluído, no máximo até os primeiros meses de 2010, a área começará a receber as 340 toneladas de resíduos orgânicos produzidos diariamente. Contando indenizações de terra, o custo do aterro está em torno de R$ 15 milhões. O espaço total do terreno comprado pela prefeitura é de 275,8 hectares, mas a maior parte é de área de preservação ambiental.
A célula de 35 mil metros quadrados que irá receber o lixo está em fase final. Esse trabalho está sendo realizado pela Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca). Conforme o secretário do Meio Ambiente, Adelino Teles, ela deverá ter vida útil entre 10 e 15 anos.
– Estamos com dificuldade de colocar a geomembrana (que impermeabiliza o solo, evitando contaminação por chorume) por causa da chuva. É uma região de terra e é uma rampa. O solo precisa estar seco para a colocação desse material. O trabalho que fazemos num dia se perde no outro devido à chuva – explica o diretor-presidente da Codeca, Adiló Didomenico.
Depois da colocação da geomembrana, faltará uma camada de um metro de argila compactada e uma cobertura de entre 20 e 30 centímetros de pedras. Adiló explica que o trabalho com a argila também depende de dias secos.
Além da finalização da célula, está sendo construída a estação de tratamento de efluentes líquidos por uma empreiteira contratada pela Secretaria de Meio Ambiente.
– As primeiras quatro estações de tratamento estão quase prontas. Faltará a quinta, mas que também está em construção – diz o secretário.
Segundo Teles, a previsão é que as obras da estação de tratamento também fiquem prontas até o final do ano, mas ela só irá começar efetivamente a funcionar cerca de três meses depois que o aterro receber lixo pela primeira vez. Isso porque a estação precisa de uma quantidade mínima de chorume para iniciar o funcionamento dos motores. Ela será uma espécie de filtro do material, transformando-o em água que não agrida o meio ambiente.
– Se houver necessidade, poderemos depositar o lixo ainda no final do ano. Se não, podemos esperar que se esgote a célula mais nova do aterro São Giácomo (atual), que poderá receber lixo até o final de janeiro ou início de fevereiro – explica o secretário.
O projeto de uma segunda célula em Rincão das Flores está pronto, mas está indefinido quando sairá do papel.
(Por Kelly Pelisser, O Pioneiro, 27/11/2009)