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floresta de araucárias madeira ilegal assentamentos reforma agrária
2009-11-27

O ministro Carlos Minc, do Ministério do Meio Ambiente, esteve nesta quarta (25/11) em Quedas do Iguaçu/PR para lacrar uma serraria e maquinários ilegais apreendidos na Operação Tolerância Zero, deflagrada nesta terça feira (24), que contou, além do Ibama, com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra, Força Verde (Polícia Ambiental do PR), Polícia Militar/PR e Polícia Federal. A ação tem por objetivo principal reprimir a atuação de madeireiras clandestinas e irregulares, que trabalham com madeira extraída de forma ilegal do assentamento Celso Furtado, localizado no sudoeste do Paraná.

O Projeto de Assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu/PR, é a maior área reformada da região sul do país, com 23.733 hectares, onde moram e trabalham quase 1.097 famílias, o que corresponde a aproximadamente cinco mil pessoas. Nesse assentamento há uma reserva legal de mata nativa de 5.390 hectares e uma área de preservação permanente de 4.053 hectares.

Segundo o delegado da Polícia Federal, Dr. Rubens Lopes da Silva, havia crimes de toda ordem dentro do assentamento, entre eles tráfico de drogas e de armas. Conforme o delegado, esses crimes são decorrência dos crimes ambientais, pois a extração, a compra e a venda de madeira fomentaram a criação de várias empresas ilegais do ramo madeireiro, a ponto de o parque industrial de Quedas do Iguaçu ter sido todo interditado.

Conforme o coordenador das equipes do Ibama, o analista ambiental, Caio Kanabushi, o instituto coopera desde o início da operação, por meio de investigações em conjunto com Polícia Federal e Incra. O levantamento de informações foi realizado tanto dentro quanto fora do assentamento. Caberá ao órgão checar a documentação ambiental das serrarias-alvo, o volume estocado nos pátios por meio da confrontação do volume declarado no sistema DOF – Documento de Origem Florestal com o volume real em pátio, medir e classificar as madeiras apreendidas e tomar providências quanto às demais irregularidades ambientais percebidas nessas serrarias.

Em sua fala à imprensa, o ministro mostrou os primeiros resultados da operação, que são a prisão de dois vereadores e de mais 18 pessoas, a emissão de 60 mandados de busca, 35 mandados de interdição, e apreensão de dois tratores, cinco motosserras e de dois mil m³ de madeira serrada e em toras. Falou também que a reforma agrária é muito boa porque garante terra e produção, mas que dentro dos assentamentos será dado o exemplo de austeridade em relação ao combate a crimes ambientais, juntamente com o Incra, para garantir a sustentabilidade, pois nos assentamentos há de se ter o casamento da ecologia com a reforma agrária.

Minc lembrou que os velhos assentamentos da Amazônia, do Mato Grosso, nos tempos da ditadura militar, não se importavam com o meio ambiente, mas agora, para ele, a nova política do Incra é diferente. “Temos os Projetos de Desenvolvimento Sustentáveis e os Programas agro extrativistas. Donos, testas de ferro ou sócios de madeireiras como a que foi lacrada vão pagar na prisão e, de preferência, terão que plantar todas as araucárias que destruíram, pois o Brasil não vai deixar ninguém roubar o verde da nossa bandeira”, acrescenta.

O ministro informou que para coibir os crimes ambientais, entre outras ações, está se aperfeiçoando a Coordenação Interministerial de Combate aos Crimes Ambientais com o Ministério da Justiça, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e Batalhões Florestais ou Ambientais dos estados e se integrando a informação/inteligência entre a Polícia Federal, o Ibama e a Agência Brasileira de Informação – Abin.

A operação Tolerância Zero continua até o final da semana, quando haverá uma varredura em todo o assentamento Celso Furtado e em mais 11 municípios do centro-oeste paranaense.

(Por Badaró Ferrari, Ascom Ibama, 25/11/2009)


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